Em Porto Alegre, peguei um taxi, acompanhado de minha namorada, somente para ir a caminho desta lenda. A mais de 1500 km de casa a caça deste liquído tão bem conceituado, esperando me encontrar com algo de outro planeta, um sentido que fizesse meu paladar delirar. Mas, no primeiro gole pensei: "Cadê a cerveja?" parecia que não estava lá. Fiquei indignado, decepcionado, mas com o tempo fui assimilando; talvez fosse esta a proposta. Leve, que flutua dentro de ti, não a sente, mas sabe que ela está lá; a sente, mas parece que jamais esteve em sua boca, ambígua... Talvez não devêssemos esperar da vida algo transcendental, o sentido talvez esteja nas coisas leves e simples. Um liquido que flutua, límpido; Não surpreende, mas faz pensar. Queria um barril, talvez no décimo copo eu fosse capaz de entendê-la por completo. Uma breja para quem quer paz; para quem almeja uma existência plena, algo de budista nela, Gandhara adoraria esta Abadessa... Viva o Rio Grande do Sul! Uma linda província brasileira.