Depois que a Heineken comprou as ações da FEMSA, se tornou a sócia majoritária da cervja Kaiser no Brasil. Uma campanha de renovação da marca tem sido a política empregada pela cervejaria holandesa e a Kaiser Radler surgiu dessa conjuntura.
Bem, eu comprei ela porque (pelo que sei) se trata da primeira radler nacional. O rótulo acusa 60% suco de limão e 40% cerveja pilsener. Ao abrir ela, de cara uma baixa carbonatação e uma espuma que se desestruturou rapidamente, esperado para uma pilsener. A cor transitante entre amarelo, branco e verde (lembrando quase a Vedett Blanche) e a textura visual do copo preenchido, contanto, me agradou. Mal sabia que era a única coisa a me agradar nela...
O cheiro é artificial e já entrega o resultado do paladar de antemão: o suco de limão e a cerveja realmente não harmonizaram aqui. É um cheiro pra um lado e o outro pra outro; bem assim, bem destoantes. Tutti-frutti e lima - mas não limão - deram o odor mais noticiável.
Na boca a receita se desmancha de vez. As ordens foram: "Tragam suco de limão e coloquem nessa cerveja!", assim mesmo, sem muito preparo ou cuidado de como ia ser o paladar. Não estou dizendo que não houve pesquisa de marketing, mas parece que a Kaiser obteve a exceção como resultado principal disso. Eu já tinha tomado outras Radlers como a Schoferhoffer de grapefruit (50%/50% weiss e suco) e sabia o que procurar na Kaiser Radler; equilíbrio e uma harmonia delicada. O próprio suco de limão parece ser de baixa qualidade; eu moro num sítio e todos os fins de semana faço um suco natural que é melhor do que o que foi utilizado nessa Radler.
Em uma expressão: jogada de marketing! Dá pra melhorar isso Heineken/Kaiser!
