Ótima cerveja! Com um creme grande de inicio, e um aroma predominante cítrico, lupulo! O sabor é amargo com um leve doce e um pouco ácida. O conjunto é suave. Um ótimo final na boca pedindo mais um gole.
Quando uma cerveja escocesa é eleita a melhor pilsner do mundo, isso exige respeito. E não é à toa: a Harviestoun inspirou-se na fresca brisa matinal da montanha escocesa Schiehallion para criar esta lager homônima intensamente refrescante, fragrante e lupulada, para o deleite dos amantes da erva. No copo, a aparência clássica do estilo mal indica o que está por vir. No aroma, um variegado bouquet de lúpulos sopra com notas frutadas-cítricas dominantes (grapefruit, frutas vermelhas, tangerina), equilibradas por um bom floral e toques condimentados de ervas. Incrível paleta de aromas, tudo muito bem harmonizado. O resultado é um aroma muito fresco, que se repete no sabor, mais uma vez completamente dominado pelo lúpulo. O malte pouco aparece, o que resulta em evidente desequilíbrio do conjunto mas potencializa o frescor. O paladar, como se poderia esperar, é solidamente amargo, marcado pelos lúpulos, com a leve doçura frutada da própria erva. Corpo leve, aguado, de carbonatação suave e muito refrescante, com uma finalização cristalina e forte sensação de limpeza do paladar, honrando o estilo. Em decorrência dessa limpeza, o retrogosto traz um persistente (e um pouco excessivo, para meu ver) amargor oleoso, mas tem pouco sabor.
Trata-se, sem dúvida, de uma lager de excelente qualidade, muito próxima do estilo pilsner devido à forte lupulagem e à limpeza do paladar (indicando a qualidade da água empregada na fabricação). Subsiste um claro desequilíbrio de conjunto, com o malte francamente dominado pelo lúpulo e com um amargor pouco equilibrado, mas isso valoriza o frescor da cerveja. Bate de igual para igual com nossa maravilhosa Wäls Pilsen, ao meu ver.