Preta, nem um pouco translúcida, com uma espuma marrom escura, densa, alta e de longa duração.
Daquelas brejas que você joga no copo e parece que está despejando um óleo velho de motor.
O aroma e os primeiros sinais ba boca já mostram a carga pesada de lúpulos que esta breja traz. Os 75 de amargor com os 9% de álcool dão um toque mentolado, que deixa a breja refrescante mesmo sendo bem alcoólica. O herbáceo permeia toda a degustação, do início ao fim, do aroma ao retrogosto. É com certeza um dos pontos altos da Old Rasputin.
Chocolate e baunilha são os que mais aparecem, tanto em aroma quanto em sabor. A torrefação aparece, lembra café, inicialmente sem muito exagero, que vai ficando mais intenso à medida que a degustação avança.
O corpo é medio, não tão aveludado quanto eu esperava - baseado na aparência da breja, mas agrada assim mesmo. Carbonatação média pra baixa. Final é bem amargo e acaba ficando mais puxado pro seco. O retrogosto é longo, prolongando o final amargo.
O que é muito legal desta breja é a intensidade e o calor, aliados a um belo frescor e alto drinkabiliy.
Daquelas brejas pra tomar a qualquer hora, até num dia quente de verão.