Hair Of The Dog Adam

Essa old ale americana se mostrou bastante robusta para seu estilo.
Sua coloração é marrom turva e seu creme bege tem boa formação e duração.
Seu aroma apresenta malte caramelo com notas amadeiradas, de uva passa e
frutas negras. Seu sabor é ligeiramente doce com as notas do aroma e a
suave presença lupulada trazendo um suave amargor no final. Encorpada
e quente, com carbonatação média para baixa. Um ótimo conjunto, apropriado
para noites frias. Degustação recomendada!

Destaque: Degustada nas ilustres presenças dos confrades Burin, Balbin e Cancegliero.

Uma breja bem intensa em todos os sentido.
Aroma e sabor bem pronunciado, alto teor acoólico que deixa um calor na boca e na garganta.
O aroma puxa bastante para o álcool, com um toque frutado doce, lembrando um pouco frutas em caldas.

Coloração preta, espuma bege média de longa duração.

Uma breja doce e amarga ao mesmo tempo, dulçor mais intenso no inicio do gole e maior amargor no final. Lembranças de chocolate, torrefação, fumo, fumaça.

Corpo médio pra pesado. Retrogosto tão intenso quanto a cerveja, bastante chocolate e torrefação, um pouco de fumo.

O drinkability é baixo, a breja vai ficando mais pesada a cada gole. Os 355ml podem ser dividimos em 2 sem o menor problema.

A cervejaria recomenda como uma cerveja para sobremesa, mas acho que nao cairia muito bem não. Com certeza deve harmonizar melhor com churrasco e charuto.

Cerveja da batelada 77.(batch 77)
Cor negra, opaca, sem translucidez e com textura licorosa.
Espuma cor bege de média densidade. Média formação e baixa duração.
Aroma de malte torrado, caramelo, baunilha, frutas escuras (ameixa,uva passa), café, álcool, leve chocolate e amadeirado. Aroma bastante complexo.
No paladar malte torrado, caramelo, rum, baunilha, café, ameixa, uva passa, leve chocolate, álcool bem presente mas não agressivo. Final inicia com adocicado e vai para um leve amargor.
Bela cerveja, tem boa complexidade de aromas e sabores.Apesar de ser baseada em uma antiga receita alemã lembra bastante uma Imperial Stout.

Certa vez, a dupla de cervejeiros Alan Sprints e Pat Savage assistia a uma palestra de Fred Eckhardt (escritor, historiador e crítico de cervejas). Em certa altura, Eckhardt discorreu sobre uma certa Adambier, estilo alemão de cervejas do século XIX, já extinto, originário da cidade de Dortmund. Os dois se empolgaram com o relato e resolveram fundar, em novembro de 1993, a Hair Of The Dog Brewing Company em Portland, Ohio.

A primeira breja a ser produzida foi, claro, a Hair Of The Dog Adam a qual, segundo os cervejeiros, é a recriação da extinta Adambier. Alan e Pat gostam de dizer, cheios de orgulho, que o primeiro comprador da breja foi o próprio Fred Eckhardt, que aprovou com louvor o resultado da química. Hoje, a “Cabelo do Cão”, a despeito do seu nome bizarro e dos seus rótulos curiosos, vem ganhando adeptos dentro e fora dos EUA, e é uma das cervejarias-revelação da nova escola cervejeira americana.

O primeiro fato a mencionar sobre a Hair Of The Dog Adam é que ela é maturada em barris de bourbon. Isso confere indiscutível caráter à breja logo no aroma, que remete a figos em conserva, além de chocolate e torrado. A espuma é maravilhosa: ostenta bolhas pequenas e peroladas. O creme é denso e incrivelmente persistente, coroando o líquido preto aveludado e licoroso. O sabor remete ao aroma, com toques adicionais de frutas vermelhas (framboesa), café, um toque de vinho do Porto e muito malte torrado. O final é extremamente longo, deixando a sensação do amargor (50 IBU) e do vinho do Porto. O álcool (10% ABV), sempre presente, não atrapalha o conjunto e deixa uma sensação quente e reconfortante. Uma breja muito complexa, mais do que perfeita para o inverno (alô, importadoras!).

Segundo a cervejaria, os sabores da Hair Of The Dog Adam mudam com o tempo e ficam ainda melhores se o exemplar for guardado em adega por alguns anos, ao abrigo da luz e das mudanças bruscas de temperatura. Pra tirar a prova, comprei logo dois exemplares. Degustei um e já guardei o outro. Prometo que resistirei aos meus impulsos “brejicidas” e só o abrirei dentro de alguns anos. Daí, passo aqui pra contar.