Numa avaliação absolutamente imparcial (até porque gosto da Amstel tradicional), posso dizer que essa é a típica cerveja "bonitinha, mas ordinária".
A apresentação é digna de nota: a garrafa é muito bonita e moderna. No entanto, é uma pena que, por dentro, essa cerveja não tenha tido o mesmo capricho...
A coloração do líquido é dourada, com espuma fugaz. A carbonatação é alta, justificando a proposta de refrescar. O aroma é bem suave, com notas agradáveis de lúpulo e com o malte em segundo plano. As virtudes param por aí.
O sabor, por sua vez, é muito fraco. É quase inexistente, fazendo com que ela pareça "aguada" demais. Ela chega a possuir menos corpo que as "pilsen" comerciais nacionais, se é que isso é possível... O amargor é zero.
Na boa, para tomar essa cerveja insípida e, pior, pagando mais caro, prefiro ficar com diversas opções nacionais ou importadas muito mais honestas. Se imaginarmos que essa cerveja é do mesmo estilo da Heineken, só que duas vezes e meia mais cara, podemos ver seu péssimo custo-benefício. Ainda no mesmo estilo, o mercado nacional (macro) apresenta pelo menos uma meia-dúzia de opções "refrescantes", mas com gosto de cerveja. Brahma Extra, Kaiser Gold e Bavaria Premium são alguns rápidos exemplos.
Entendo que "refrescar" apenas por "refrescar" não é proposta. Ao contrário, chega a ser inadmissível. De cervejas ruins o mercado já está cheio.
Ao meu ver - e obviamente respeitando opiniões em contrário -, essa Amstel Pulse é uma decepção, um engodo. Trata-se de puro marketing, e nada mais.