Cerveza APU

* Uma grande observação que faço antes de mais nada é que esta cerveja não possui LÚPULO que é no caso substituído pela hoja de coca!
Foi um presente trazido pelo amigo Silvio Benatti do Peru.

-APARÊNCIA: cerveja acastanhada turva quase opaca e com muitas partículas ao fundo. Creme bege claro, muito pequeno parecendo espumas de sabão, fugaz e com pouco belgian lace.
-AROMA: mousse de maracujá se destacando, um pouco de herbal e a impressão de se ter levedura selvagem, é bem azeda e avinagrada ainda com um pouco de legumes cozidos.
-SABOR: nítido sabor de folha de coca (pra que chegou a mascar é bem parecido), leve doce e amargo, azedo e ácido intenso.
-TATO(SENSAÇÃO NA BOCA): viscosidade oleosa, efervecente, chegando a fazer barulho como sonrisal, álcool leve , final ácido leve com retrogosto adstringente.
-CONJUNTO: desequilibrada, avinagrada como Lambic Faro, talvez se passarem a inserir lúpulo, melhore a cerveja. Mas não é uma cerveja que podemos perder a oportunidade de conhecê-la! Uma experiência incrível! Drinkability média/ruim.

Presente do confrade Anderson a qual todos estavam muito curiosos para toma-la, afinal nao é sempre que temos a oportunidade de tomar uma cerveja feita a base de coca.
No copo, ela tem a aparencia de uma Pilsner, dourada e levemente turva com uma espuma de baixa formaçao e duraçao.
O aroma é surpreendentemente pura goiabada cascao, toma conta de todo o nariz e fica ainda mais forte a medida que a temperatura do copo aumenta.
Na boca ela é bem acida e azeda, lembra bastante uma lambic, nem sinal da coca e la no fundinho depois que o azedo passa, voltamos a sentir levemente a goiabada.
Nao senti nem o malte nem o lupulo, o azedo e a goiabada acabam por sobrepujar todo o resto.
Valeu imensamente pela ineditismo e a experiencia de degustar essa cerveja.

Cerveja de coloração dourada e turva com creme branco que se formou bem e foi baixando até ficar uma fina camada que resistiu até o final.
No aroma pode-se perceber uma curiosa nota muito evidente de goiabada que toma conta de todo o ofato porém sem ser enjoativo.
Na degustação sente-se algo citrico que chega a "adormecer" por um breve momento a ponta da lingua, não consegui achar nem malte e nem o lupulo, amargor zero, porém sem ser doce.

Até agora essa foi a cerveja mais dificil de descrever.

Merece uma atenção, tanto pela curiosidade de se tomar uma cerveja que leva folhas de coca na receita quanto pelo sua singela complexidade de sabores e aromas de certa forma "exóticos".
Se tem algum conhecido indo pra Lima, não pense 2 vezes, coloque ela na famosa lista de encomendas junto com a já conhecida Cusqueña.
Vale mais pela curiosidade do que pelo sabor.