Master Tmavý 18°

Excelente Baltic Porter tcheca. Equilibrada e com um perfil menos agressivo que o esperado.
Servida apresentou uma coloração negra com algum nuance castanho e com um creme bege denso de excelente formação e persistência e que ainda deixa alguns laces.
O aroma não desprende-se com facilidade mas apresenta notas tostadas, café, algo de frutas vermelhas e um suave adocicado.
Na boca um corpo sedoso e média carbonatação. O sabor tem uma entrada maltada com um perfil tostado e bastante chocolate que acaba com um leve amargor, mais do malte que do lúpulo. O álcool faz-se presente mas está bem inserido. O aftertaste é bem achocolatado e com algumas notas tostadas. Boa drinkability para o estilo.

Coloração acobreada, farta formação de espuma, de boa duração. Bom aroma mesclando o malte com algum toque vegetal do lúpulo. Sabor intenso de malte, adocicado, com alguma lembrança de malte tostado, amargor evidente no final. Nuances de pêssego e álcool leve. Muito boa.

Tentando diversificar, ao invés de pedir uma típica Pilsen na República Tcheca, fui tentar alguma cerveja de outro estilo. A escolha foi a Master Tmavý 18°, uma Baltic Porter que peca pela doçura excessiva, que acaba enjoando o bebedor em apenas alguns goles.
Possui uma coloração marrom com nuances avermelhadas e uma translucidez baixa. Acima do líquido, um creme de coloração bege, média formação e duração, mostrando uma consistência aerada, com bolhas grandes.
O aroma já revela notas de malte, mas não com torrefação muito intensa e remetendo muito mais a doçura do caramelo. Há um fundo salgado que lembra molho inglês e castanhas, combinados a um frutado docinho de xarope de cereja. O lúpulo quase não aparece, assim como as notas de café e chocolate esperadas para o estilo.
A doçura intensa domina a boca, e acaba enjoando graças a presença discreta de amargor de lúpulo ou dos maltes torrados. O álcool é bem perceptível para seus 7%, e traz um caráter picante. O residual, obviamente é adocicado, lembrando chocolate, mas de uma maneira um pouco artificial. Possui corpo médio para baixo e uma alta carbonatação.
Confesso que me decepcionei bastante com esta Baltic Porter, produzida na Pilsner Urquell. É o risco de escolher cervejas de que você tem total desconhecimento.