Philipstockstraat 19, Brugge, Bélgica.
O personagem Cambrinus, freqüentemente mencionado em canções infantis das crianças belgas, holandesas e alemãs, é uma espécie de Baco da cerveja. Conta-se que foi um nobre medieval (segundo historiadores, um certo Jan Primus, duque de Brabant) a quem se atribui a invenção das cervejas dos tipos Faro e Lambic.
Emprestando o nome sangue-azul, a Bierbrasserie Cambrinus fica quase ao lado da praça central de Brugge, ocupando um prédio restaurado do ano de 1699. Ostenta um estilo clássico, sisudão mas irresistível. Na fachada, a informação de que há mais de quatrocentos rótulos disponíveis.
A carta de cervejas é cuidadosa, apresentando as brejas separadas por estilo em páginas coloridas a fim de facilitar a escolha.
Foi lá que degustamos, este escriba e o confrade Daniel C., a aclamada champegnoise Deus — da qual falaremos oportunamente — que se harmonizou bem com um honesto capellini al ragù.
Ainda encontramos todas as trapistas (incluindo as Westvleteren), bem como elixires do porte da Abbaye des Rocs, Gouden Carolus Cuvée van de Kaizer e muitos outros.
Não espere, porém, ser recebido com salamaleques e rapapés: O staff é desatencioso e despreparado. Muna-se de uma certa dose de paciência e a diversão degustativa estará garantida, com sobras.
OI MAURÍCIO, EU SOU O BRENAND DO ORKUT, MAS MEU NOME MESMO É RAFAEL. CARA, COMO É QUE EU NÃO ENCONTREI ESTE BAR EM BRUGGE! ACEBEI DE VOLTAR E NÃO PODEIA TER PERDIDO ESTA OPORTUNIDADE!!! É QUE FIQUEI TÃO ENCANTADO COM O STAMINEE DE GARRE QUE ESQUECI DE TODO O RESTO. MAS É BOM SABER QUE TEM MUITAS COISAS AINDA PARA VER NESTA CIDADE MAGNÍFICA. VOLTEI COM TRES WESTVLETEREN E UMA DELIRIUM TREMENS NA MALA. VALEU PELAS DICAS E DESCULPE A FORMA ANÔNIMA DO ORKUT. ABRAÇO.
Fala, Rafael!
Fico feliz por você haver curtido o bar da Garre. E, se foi por indicação nossa, fico feliz em dobro!
Com relação à Bierbrasserie Cambrinus, te digo que foi novidade pra nós também. Só a descobrimos nessa viagem. Porém, como você falou, trata-se de mais um ótimo motivo pra voltar a Brugge.
Aproveite as Westvleteren e a Deliruim e erga um brinde a nós!
Grande abraço.
Olá mauricio!
Sou de Fortaleza no Ceará e adoro as brejas e o seo blog. É demais!
Meu irmão vai à Europa e vai passar por Brugge.
Gostaria de saber quais seriam suas dicas de compras de brejas em Brugge. Aquelas que mais valem a pena ser compradas analisando sabor e dificuldade de encontrar aqui no Brasil.
Outra pergunta é se este é o único lugar onde encontraram as Westvleterem fora da Abadia de St Sixtus? E quanto custam elas e a Deus?
Para trazer de volta ao Brasil existe algum problema nos aeroportos? Como é a melhor forma para evitar problemas?
Agradeço desde já. Abraço e continuem com o Blog, vejo quase todo dia.
Rodrigo, vamos lá.
Considero que as cervejas que mais valem a pena ele trazer (por serem mais difíceis ou impossíveis de achar no Brasil) são as Westvleteren (de 5 a 9 euros), Deus (de 10 a 20 euros), e outras “top” cotadas do Rate Beer (www.ratebeer.com), como as DeDolle, as Struise e as Val Dieu (2 a 3 euros), Gouden Carolus Easter e/ou Cuvée Van De Kaiser (10 euros/700ml). Não deixe de trazer a Garre (20 euros), cuja garrafa (750ml) só pode ser comprada na Staminée (cuja matéria está nesse blog), em nenhum outro lugar do mundo você acha.
A Westvleteren é sempre um caso à parte. Fui a Brugge e Bruxelas em junho desse ano e não as encontrei de jeito nenhum (o que me fez ir à abadia). Já nessa viagem de novembro foi fácil achar em Brugge e até em Amsterdam. Creio que a oferta dependa da época do ano. Se o seu irmão for à Europa nesse final de ano, fatalmente achará.
Jamais tivemos problemas com cervejas dentro da mala. Creio que as autoridades brasileiras encanam mais com drogas e eletrônicos. Garrafas, na maioria das vezes, eles deixam passar. Em junho voltei com 24 garrafas, mas não fui revistado. Na semana passada, o confrade Cuca, que tinha umas 7 ou 8 garrafas na mala, foi convidado a passar a bagagem no raio-x, mas ninguém encanou. Acho que o lance é embalar bem as garrafas (coloco-as enroladas nas roupas) e rezar. O máximo que vai acontecer é alguma delas quebrar ou te encherem o saco na alfândega brasileira. Como até hoje nada disso nos aconteceu, particularmente, acho que o risco vale muito a pena…
Obrigado por visitar o BREJAS e continue por aqui. Qualquer outra dúvida, dê um toque.
Um abraço.
Oi Maurício!
Meu nome é André, estou indo para a Bélgica agora em outubro visitar uma série de cervejarias.
Minha dúvida é: o que eu posso trazer na volta. Vc falou que trouxe 24 garrafas e a Receita não te parou. Mas e se parasse? No site da Receita http://www.receita.fazenda.gov.br/Aduana/Viajantes/Default.htm
se fala em 24 garrafas para compras em Free Shop(12 do mesmo tipo), nada para compras no exterior, ao qual se aplica somente o limite de $500 + 50% sobre o excesso. Teoricamente, eu poderia trazer 100 garrafas de $5. Na legislação indicada no site supracitado tb não achei restrição alguma sobre bebidas.
Vc sabe algo a respeito que eu tenha passado batido?
Outro tema: e o embarque dessa cerva toda na Europa?
Grande abraço,
André
Complementando:
Legislação de Referência
Instrução Normativa SRF no 117/98
Instrução Normativa SRF no 120/98
Instrução Normativa SRF no 59/97
Instrução Normativa SRF nº 619/06
Decreto no 4.543/02 (arts. 87, 100, 101 e 153 a 166)
Olá, André!
Você não entendeu. Eu trago as cervejas DENTRO DA MALA, junto com as roupas. Não as despacho ou trato como bagagem separada.
Corro riscos? Sim. O policial federal, na chegada ao Brasil, pode mandar eu abrir a mala e torcer o nariz. Mas isso jamais aconteceu comigo ou com qualquer outro Confrade. E olha que o Confrade Cuca já foi obrigado a passar a mala no raio X.
No free-shop, além de ter essa restrição de 500 dólares, não tem cerveja (pelo menos aqui no Brasil). As minhas compras eu faço nos supermercados europeus, superbaratas. Guarde, por extrema cautela, as notinhas de cada cerveja pra mostrar aqui no Brasil se alguém te pedir e faça a festa!
Um abraço.
Valeu Marício.
Abraço,
André
Realmente este lugar é sensacional!
Pude tomar Westvleteren 6 e 8, além de um maravilhoso espaguete a bolonhesa, o sanduiche feito de pão de cerveja é otimo.