Cerveja falsificada

Processo de falsificação: Substituição de rótulos e tampinhas (Foto: Polícia Civil do RJ)
Processo de falsificação: Substituição de rótulos e tampinhas (Foto: Polícia Civil do RJ)

Se você é daqueles que acha “frescura” apreciar cervejas especiais, e considera que cerveja boa é “qualquer uma, desde que esteja gelada”, cuidado: O crime de falsificação de cervejas é cada vez mais comum no país.

A matéria abaixo refere-se a mais uma quadrilha descoberta semana passada em Minas Gerais:

“Uma nova modalidade de crime foi descoberta nessa quinta-feira em Montes Claros (MG): a falsificação de rótulos e tampinhas de cerveja, para enganar os consumidores, com a venda da bebida de marcas mais baratas como se fosse marcas mais caras. Quatro pessoas foram presas por envolvimento na fraude e quase mil caixas de cerveja suspeita de falsificação foram apreendidas.

De acordo com informações da polícia civil, os fraudadores adquiriam cervejas de marcas mais baratas como “Glacial”, “Lokal” e “A Outra”. Logo depois, retiravam os rótulos e tampinhas originais, que eram substituídos por rótulos e tampinhas das marcas “Brahama e “Skol”. A alteração era feita em um depósito próximo ao Distrito Industrial de Montes Claros.

A polícia chegou até os fraudadores a partir do serviço de denuncia anônima 181, inaugurado em Montes Claros sexta-feira passada. O produto com o rótulo e tampinha trocados era vendido em um disk-cerveja no bairro Santos Reis, onde feita a apreensão de quase mil engradados da bebida.

Está sendo investigada agora a participação de outras pessoas no esquema. Na noite dessa quinta, a reportagem tentou, mas não conseguiu contato com a empresa representante da Ambev na região, para levantar os prejuízos provocados pelos falsificadores”.

Fonte: uai.com.br

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Comentário meu: Será que a falsificação está tão na moda pelo simples fato de as cervejas “baratas” terem, no fundo, o mesmo gosto das mais caras?


Comments

6 responses to “Cerveja falsificada”

  1. Daniel Bertol Avatar
    Daniel Bertol

    A dúvida que fica é: alguém notou a diferença? Quem consome essas “pilsens” de massa, costumam tomar estupidamente gelada, o que por si só, já compromete seriamente a percepção do sabor, além de que todas seguem o mesmo esquema. Levinhas, sem corpo, sem amargor, cheias de cereais não maltados, ins pra cá, ins pra lá… Aposto que o pessoal que tomou não apenas não reparou, como também “apreciou”. E ainda é capaz de olhar torto pra essas marcas baratas e dizer “que droga de cerveja”…

    Enfim, com a crescente popularização do mercado de cervejas especiais, espero que esse crime não chegue a esse mercado também. Embora o consumidor desse mercado seja mais exigente, mais crítico e repara no aroma e no paladar do produto, depois de tomar algumas, poderia não ser tão fácil assim identificar um produto falsificado.

    []`s

  2. Marcio Rossi Avatar
    Marcio Rossi

    É bem verdade que o consumidor de massa, ao professar o credo da estupidamente gelada incentivado pelas grandes (Ambev, Femsa, Schin, etc.), terá dificuldades para discernir, a zero grau, uma bebida medíocre de outra ordinária.

    Mas o poder de sugestionamento do rótulo influencia bastante. Parte de nossa percepção sobre qualquer bebida é influenciada pelo que sabemos a seu respeito. Por isso os testes cegos me parecem ser a coisa mais isenta em termos de avaliação.

    E justiça seja feita. É formidável o trabalho de Mestres Cervejeiros de empresas como Ambev, que conseguem extrair coisas bebíveis de ingredientes medíocres, atenuando off flavors e melhorando a drinkability. É relativamente fácil fazer cerveja boa apenas com os melhores maltes e lúpulos. Vai fazer isso com high maltose, milho, arroz, e conservantes químicos.

    O chope da Bud Lite, um fenômeno de vendas na América do Norte, é exemplar: conseguiram atenuar ou eliminar grande parte dos off flavors; se tomada gelada, a Bud Lite mesmo sem impressionar, não vai chocar o paladar da elite informada.

    E aí reside uma armadilha ainda pior. Sem que ocorra falsificação, coisa medíocres têm sido anunciadas e vendidas como premium; muita gente cai nessa também. O pior, cervejarias que surgiram inspiradas na Lei da Pureza não resistem ao apelo econômico da high maltose e pioram seus produtos sem mudarem seus rótulos. E aí, tem gente da elite informada que contiua consumindo e pagando mais caro por aquilo que a marca foi um dia.

    Mas eles estãoa atentos, contratando experts do mercado para transformar sua sopa de high maltose em uma coisinha bebíbel que em um rótulo moderninho em long neck vai custar o dobro de colegas tão ordinárias quanto. Isso sim é uma mina de ouro. E é legal.

  3. Wagner Avatar
    Wagner

    Essas cervejas são tão semelhantes em ruindade, que os consumidores não percebem a diferença.
    São cervejas vagabundas !

  4. Wagner Avatar
    Wagner

    As cervejas citadas são tão semelhantes em ruindade, que os consumidores nem percebem a diferença.
    São cervejas vagabundas !!

  5. Renato Vialto Avatar
    Renato Vialto

    Realmente para as pessoas que apreciam mesmo cerveja, conseguimos facilemtne distinguir a presença ou naum de cereais naum maltados,mas para simples bebedores de fds adeptos da estupidamente gelada, aqueles que os olhos brilham quando tem no bar aquelas geladeiras marcanso -3 graus, essespraticamente naum vão sentir a diferença dos marcas comercias mais caras e masi baratas, quems abe na ressca do dia seguinte note-se diferença, mas ai jah eh tarde hauhauuah

  6. Julez Avatar
    Julez

    Brasileiro gosta de reparar e comparar cervejas sim, vamos a um exemplo.
    Começa Itaipava x Crystal – Itaipava vence nos penaltis
    Itaipava x Skol, Skol ganha…
    Skol x Brahma – Da Brahma nos penaltis, de novo.
    Brahma X Antarctica, e a Brahma ganha
    E todas perdem pra “Suprema” Bohemia.
    Até que um dia, o sujeito começa a comparar, Norteña com Quilmes, Becks com Heineken, e assim por diante.
    Mas as ‘de sempre’ reinam no país.

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