Coloração castanho bem escuro, no contra-luz revela reflexos avermelhados; é turva e apresentou enorme quantidade de fermento ao fundo. A espuma formada me lembrou demais a de refrigerante: castanha e muito borbulhante, mal se formou, sumiu da taça sem deixar qualquer vestígio, igualzinho espuma de Coca-Cola, nunca vi isso numa breja antes; nem depois de dar as costumeiras "giradinhas" no copo consegui ressuscitar um pouco do creme fugaz. O aroma remete diretamente ao da Aventinus tradicional, mas potencializado, trazendo notas de frutas escuras secas (uva passa e ameixa), cravo, banana passa e, como não poderia deixar de ser com esse teor elevado alcoólico, álcool. O sabor é adocicado e segue o aroma fielmente, com as frutas escuras e a banana passa dominando, o cravo acompanhando e se fazendo notar; o final é picante, levemente amargo e alcoólico. À finalização do gole, segue-se agradável alcohol warmth e sensação de "moleza", afinal 12% ABV não é brincadeira, mas em momento algum temos a sensação de "queimar a goela", a cerveja desce macia (acabei de constatar que depois de esquentar bem queima um pouco a garganta, sim). Encorpada, tem textura licorosa. Carbonatação média/alta. Depois de alguns goles, ela nos esquenta por dentro e sentimos aquela agradável onda de calor percorrer o corpo. Bela e potente cerveja, perfeita para um dia mais frio, num dia de calor deve ser impraticável. Baixa drinkability, uma garrafinha é mais do que suficiente. Foi minha primeira Eisbock e, curiosamente, é uma variação do estilo, já que sua base é uma weizenbock e não uma doppelbock, como prevê o BJCP. Muito interessante, mas ainda prefiro a Aventinus tradicional.