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Detalhe da Avaliação

4.5 21
Bélgica
Mauricio Beltramelli
Mauricio Beltramelli
18 de Agosto de 2008 17839
Avaliação Geral
 
4.7
Aroma
 
9/10
Aparência
 
5/5
Sabor
 
18/20
Sensação
 
5/5
Conjunto
 
10/10
Uma mítica Tripel, cerveja da casa de um dos bares mais escondidos que já tive conhecimento. O Staminnee de Garre, em Bruges. Me conquistou pelo caráter virtuoso e complexo, que mesmo não primando pelos aromas condimentados que gosto no estilo, se tornou a minha Tripel Favorita.
A taça da casa nem me foi servida por completo, e o líquido mostrou coloração dourada, quase chegando ao alaranjado e com pouca translucidez. Seu creme me foi servido em abundância, , mostrando um perfil bem persistente e cremoso, deixando as laterais da taça completamente desenhadas.
Não impressiona apenas na apresentação na taça. Continua de maneira formidável no aroma, trazendo nuances frutadas de damasco, banana, abacaxi, tutti frutti, laranja e nectarina. Como se não fosse suficiente, para complementar os esteres frutados, os maltes ainda fazem um bom plano de fundo, remetendo a mel e aveia. As leveduras além de trazer os aromas frutados, trazem bastante de especiarias, como semente de coentro, cravo e algum tipo de pimenta que não consegui identificar exatamente qual. Os lúpulos, mesmo que sutilmente inseridos, trazem mais riqueza ao bouquet, lembrando aromas florais e terrosos.
Os maltes mostram muita força na boca, mas do que em boa parte das cervejas do estilo, e se unem bem aos aromas frutados, horas trazendo tons mais adocicados, horas vindo com frutas mais cítricas. Os lúpulos e fenóis também são perceptíveis, e trazem uma pegada mais apimentada (pimenta da jamaica), mas em equilíbrio, além da secura pedida para o estilo. O álcool contribui com a sensação de picância, mas mesmo sendo evidente, é até gostoso de sentir. Mesmo sendo uma cerveja bem pesada e potente, tem um drinkabillity relativamente alto, com textura cremosa e carbonatação até um pouco discreta se formos levar em consideração o estilo Tripel.
O mais interessante desta Tripel, é como a interação dos aromas frutados e condimentados foi perfeita. Geralmente as Tripel acaba puxando ou para um lado ou para o outro. Já a De Garre consegue unir tudo o que é bom numa Tripel (mesmo que ainda tenha a dominância dos aromas de frutas), trazer potência e complexidade aromática e mesmo assim um equilíbrio magistral.

Detalhes

Degustada em
06/Outubro/2011
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