Detalhe da Avaliação

4.1 138
Bélgica
Brejas
Brejas
25 de Junho de 2010 21870
(Atualizado: 14 de Agosto de 2010)
Avaliação Geral
 
4.4
Aroma
 
8/10
Aparência
 
5/5
Sabor
 
17/20
Sensação
 
5/5
Conjunto
 
9/10
Uau, que belga fantástica. Sou fã de IPA's belgas, que unem a potência de lúpulos americanos (as vezes a delicadeza de alguns europeus, como o Saaz nesse caso), e a complexidade dos esteres frutados, advinda das leveduras belgas. O resultado é nada mais do que uma maravilhosa cerveja, complexa, delicada e ao mesmo tempo robusta, sem perder em nenhum momento a pose e o equilíbrio.
A cor é um amarelo queimado, extremamente turva (já dá pra ver a "nevoa" através da garrafa verde fechada), apresentando um creme branco, que se forma com muita facilidade e se mantem na taça com a mesma, ainda deixando várias marcas nas laterias, me lembrando uma Weissbier com espuma de Duvel.
Lembra praticamente só na aparência mesmo, porque no aroma... Os lúpulos aromáticos são fundamentais para esta cerveja e traz complexidade frutada e cítrica de laranjas e grapefruit, além de aromas herbáceos de grama fresca, deliciosas notas florais, além de um fundinho condimentado de cravo. As leveduras não deixam barato, chamando para uma briga saudável, trazendo frutados de banana e abacaxi. Os maltes ficam na surdina, mas não menos importantes, dando macias notas de mel.

Na boca consegue manter aquela característica de delicadeza e intensidade, dificilmente encontrada por aí. Mas como diria Jack, o estripador: vamos por partes. O início mostra todo o peso de frutas cítricas, mas são repostas por notas de fermento de pão, mel e frutados, que novamente nos sugere banana e abacaxi. Ao longo do gole, vão surgindo as notas temperadas de pimenta. Por fim, um dos momento mais esperados; chega a tona um maravilhoso amargor que pisa "delicadamente" nas sensações mais delicadas, trazendo sensações de grama e um fundo terroso, que lembra algumas cervejas americanas. As notas adocicadas, voltam aos holofotes, desta vez, acompanhadas de um toque de cravo e uma acidez cítrica considerável. O residual também vem em camadas: Alguns segundos doce e melado e depois chega aquele amargor que amarra a boca, permanecendo por muuuito tempo. Seu corpo é relativamente leve, com uma carbonatação média e uma textura macia. O álcool mal se faz presente, assim como o leve gostinho de plástico que senti.
Não pode-se deixar de provar uma cerveja de complexidade infinita e ótimo balanço como esta daqui. É mais uma prova de que os belgas não pararam no tempo e vivem apenas de receitas seculares de mosteiros.

Detalhes

Degustada em
06/Agosto/2010
Envasamento
Volume em ml
750 ml
Preço
$7,85
Denunciar esta avaliação Considera esta avaliação útil? 0 0

Comentários

Para escrever uma avaliação registre-se ou faça seu .