De cololação dourada e meio turva, ela forma um creme denso, de espuma fina e cremosa. O creme perdura infinitamente através de uma fina camada que recobre o cálice de ponta a ponta.
Aroma de média intensidade porém rico em sugestões que remetem ao abacaxi maduro, pêra e frutas cristalizadas, além de condimentos como cravo e gengibre. Na somatória geral, me fez lembrar um pouco do cheiro de vinho quente típico das festas juninas e também do perfume "Azzaro". Vai entender?
Na boca, encanta ao primeiro gole - sensacional! Desce que é um veludo. O álcool muito bem inserido se faz notar, mas sem destoar do conjunto. O sabor é bastante condimentado. Cravo, canela e pimenta-do-reino são as primeiras coisas que vêm à cabeça. Há também ótimo equilíbrio entre malte e lúpulo, sendo mais doce na entrada e mais amarga na saída. Reminiscências de nozes, aspargos e azeitonas pretas também aparecem e acrescentam ainda maior complexidade. O retrogosto é persistente, um tanto amargo e ligeiramente acético.
Uma tripel de personalidade notável, carregada de especiarias e de paladar mais seco. Uma verdadeira obra-prima produzida pelos monges trapistas da Westmalle. Não deixe de experimentar!