Como vem acontecendo há quase três anos, toda madrugada na virada do ano procuro tomar uma cerveja com requintes de crueldade no quesito “complexidade”, a escolhida para este ano de 2013 foi a Deus! Para quem se joga no mundo da cerveja ela é quase uma divindade, seu nome faz jus às expectativas que ela gera. Já tive oportunidade de degustá-la muito antes, mas preferi uma ocasião especial para engrandecer ainda mais a experiência e eternizar o momento. De fato se trata de uma cerveja única, rica e complexa, três palavras que a definem muito bem. Seu método de produção, sua originalidade, apresentação, histórias e mitos por trás de seu nome ajudam a tornar tudo ainda mais gostoso. Escrever sobre ela além de fácil é óbvio, porque são só elogios. Cor, perlage, aroma, sabor... Tudo parece ter sido esculpido minuciosamente pelos deuses. Servida na “Flauta” apresenta uma cor dourada límpida nunca antes observada. A espuma igual de uma champagne forma-se abundantemente, é preciso cuidado na hora de abri-la, ela se mantém por um longo tempo acompanhando o líquido até o final. O aroma é um festival de sensações: lúpulos herbais e florais, erva doce, louro, alecrim e outras especiarias impossíveis de decifrar, tudo parecendo querer saltar do recipiente. Na boca o que mais impressiona é a carbonatação, tal qual um verdadeiro champagne a sensação de “sparkling” acompanha os sentidos até o último segundo. Ainda no paladar é possível reconhecer um dulçor frutado maravilhoso. Sensação alcoólica praticamente zero, apenas sentida ao final do gole, lá no último milímetro da garganta. Leveza e charme transformaram nosso Reveillón num verdadeiro encontro com o prazer! E no final é só agradecer: Deus, obrigado por tudo! E que venha 2013!