Outra da série "tomar de joelhos"... Maravilhosa
Coloração amarronzada, turva, com sedimentos ao fundo. Creme bege, denso, bolhas pequenas, duradouro, muito bonito!
No aroma, adocicado melaço, especiarias, malte tostado de leve, álcool e frutado. Pende muito mais pro doce, com um toque de frescor de lúpulo.
No sabor... Meu Deus, outra trapista de alto calibre... Entrada forte, alcoólica. Depois um dulçor de malte, frutas pretas e frutas vermelhas que cede lugar pro amargor que equilibra tudo, mas com uma pegada mais alcoólica e tostada do que de lúpulo propriamente dita. Notas vínicas, licorosas, tipo vinho do porto. Ao final, uma picancia e leve salgado, condimentado. No final da garrafa um novo sabor que não distingui muito bem, agradável, frutado e até inusitado. Pode ser as cascas de ameixas frescas que o Ricardo menciona na avaliação dele... Não chego a tamanha expertise!
O aquecimento vem rápido, graças ao alto teor alcoólico.
O retrogosto é balancedo entre doce/amargo, de duração média e tende para o seco, o que, apesar de uma garrafinha de 330ml saciar bem, nos convida para o próximo gole.
Uma cerveja sofisticada e austera, complexa, que desperta várias sensações, todas ótimas! Pedida OBRIGATÓRIA pra quem gosta de cerveja especial.
Imagino que, pra quem começou agora a degustar cervejas especiais, pode achar a Trappistes Rochefort 10 muito agressiva... Lembro que , logo que comecei a desbravar cervejas especiais,provei a Rochefort 8. Achei excessivamente seca e forte, desbalanceada... Estava acostumado com, no máximo, as Bocks brasileiras (que continuam ótimas!)... Acho que, assim como as quadrupel, as Dark Strong Ale são brejas pra se apreciar com mais maturidade gustativa...
