É inigualável a experiência de sorver essa cerveja espetacular no bar escuro e pequeno que a produz. O supra-sumo da degustação. Apesar das muitas opções oferecidas, é quase impossível pedir outra marca. Destaque para a harmonização com queijos amarelos propostos pelos funcionários.
A rainha das Tripels. Fantástico elixir servido on tap na Staminee de Garre no centrinho de Bruges que merece toda a mística e o charme atribuidos. Melhor pressão degustada na Europa, a cerveja apresenta um arôma típico tripel fora da norma, forte teor alcólico também muito bem balanceado sugerindo notas originais e surpreendentes. Elegante apresentação e muito valor degustativo. A garre foi engarrafada comemorativamente em 2007 por seus 20 anos de existência e os amigos do BREJAS puderam degustá-la juntos em novembro do mesmo ano. Foi histórico, a degustação foi relatada no blog e foi prévia da degust que teve como tema "todas as trapistas". A versão em garrafa é fabulosa também, talvez não tenha toda aquela explosão apresentada na versão on tap mas foi dígna do nome e serviu de referência nesta degustação prévia de tripels como a Karmeliet, a Carolus, a St Bernardus ou ainda a Westmalle. Na minha última passagem pela Staminee em junho deste ano, pedi inocentemente ao serviço da casa duas garrafas para viagem, e tive a triste resposta de que o stock se esgotou ! Provavelmente ja foram todas consumidas.
Não é somente o atendimento maravilhoso (e bela carta de cervejas - não muito extensa, mas com qualidade) da Staminee de Garre que faz valer a pena buscar o minúsculo e escondido beco onde o bar se encontra: a cerveja da casa, é uma senhora tripel de respeito.
Encorpada, de cor dourada e creme branco abundante que não deixa de estar presente em nenhum momento. Aroma de especiarias. Na boca, frutas cristalizadas e quente de álcool. Muito forte, mas muito, muito boa.
Coloração âmbar levemente turva. Creme branco perfeito! O melhor que vi até hoje... Super denso, cremoso e persistente. A taça fica inteira marcada por uma borra nas lateriais. Álcool presente, mas equilibradíssimo. Frutada e floral. Damasco. Leve amargor. Carbonatação média/baixa. Só não leva 5 por causa do final amargo e do teor alcoólico talvez um pouco além da conta.
Perfeita! Dourada, encorpada, texturizada, forte sem ser pretensiosa, macia sem ser excessivamente doce. Espuma densa, tênue aroma de madeira e especiarias.
No paladar, uma verdadeira FESTA de sabores. Predominância de frutas cristalizadas. Uma breja pra saborear, verdadeiramente.
A mística em torno dela também ajuda. Só pode ser saboreada em um bar situado num bequinho medieval quase imperceptível de Brugge. Só tem lá, e não se pode tomar mais que três de cada vez, o bar proíbe a quarta rodada... Charme puro!
Néctar dos deuses, coisa de iniciados...
Até hoje, uma das melhores brejas que já tomei na vida.