Não é somente o atendimento maravilhoso (e bela carta de cervejas - não muito extensa, mas com qualidade) da Staminee de Garre que faz valer a pena buscar o minúsculo e escondido beco onde o bar se encontra: a cerveja da casa, é uma senhora tripel de respeito.
Encorpada, de cor dourada e creme branco abundante que não deixa de estar presente em nenhum momento. Aroma de especiarias. Na boca, frutas cristalizadas e quente de álcool. Muito forte, mas muito, muito boa.
Coloração âmbar levemente turva. Creme branco perfeito! O melhor que vi até hoje... Super denso, cremoso e persistente. A taça fica inteira marcada por uma borra nas lateriais. Álcool presente, mas equilibradíssimo. Frutada e floral. Damasco. Leve amargor. Carbonatação média/baixa. Só não leva 5 por causa do final amargo e do teor alcoólico talvez um pouco além da conta.
Perfeita! Dourada, encorpada, texturizada, forte sem ser pretensiosa, macia sem ser excessivamente doce. Espuma densa, tênue aroma de madeira e especiarias.
No paladar, uma verdadeira FESTA de sabores. Predominância de frutas cristalizadas. Uma breja pra saborear, verdadeiramente.
A mística em torno dela também ajuda. Só pode ser saboreada em um bar situado num bequinho medieval quase imperceptível de Brugge. Só tem lá, e não se pode tomar mais que três de cada vez, o bar proíbe a quarta rodada... Charme puro!
Néctar dos deuses, coisa de iniciados...
Até hoje, uma das melhores brejas que já tomei na vida.