Que bela cerveja. Daquelas coringas, pra se ter na geladeira sempre que puder.
Alaranjada, brilhante. Espuma forma-se bem, unida e perdura. Linda. No aroma o lupulo e o malte bem equilibrados. O primeiro mostra notas mais herbais e florais, com leve cítric. No segundo predomina o grainy mas com um leve dulçor. Ela preenche a boca por completo e sabor que mais predomina é o amargo, que perdura no retrogosto junto de leve grainy. O sabor dos grãos é o primeiro que sentimos. Carbonatação alta, corpo médio-leve, refrescante, direta e afiada. Drinkability nas alturas. Mais uma três lobos que me atinge. Começa a me encantar com essa série.
Ótima surpresa da Backer. Normalmente, quando lemos "pilsen" no rótulo de uma nova cerveja nacional, já pisca um alerta vermelho na nossa memória cansada de cervejas sem personalidade que empregam essa denominação, mesmo entre as artesanais. Felizmente, não é este o caso. Tampouco se trata de uma tradicional pilsner boêmia ou alemã, mas de uma reinterpretação da leveza da pilsen boêmia e da secura da pilsen alemã empregando o frescor dos lúpulos americanos. Bola dentro. No copo já mostra uma coloração escura para o estilo, um dourado profundo com nuances acobreadas, e uma espuma mediana. O aroma desprende ótimo frescor lupulado, combinando notas florais com o cítrico do maracujá e da laranja. Esses sabores se confirmam mais tímidos na boca, escoltados por uma lembrança de fermento de pão. O malte é pouco presente, o que a deixa menos saborosa, mas muito leve. O paladar é bem seco, com pouco doçura inicial e um amargor consistente e duradouro que deixa uma sensação meio oleosa, refrescante (e que raspa só um tiquinho na garganta). A sensação do gole é ótima, muito limpa, evidenciando possivelmente baixa mineralização - que lhe dá, por outro lado, um retrogosto tímido. A combinação de todos esses fatores oferece uma experiência muito agradável: uma cerveja de paladar bem limpo e refrescante, para beber em quantidade, com um suave refinamento aromático. O açúcar mascavo da receita deixa o corpo bem seco e pronuncia o amargor refrescante. Uma cerveja que oferece um breve e delicado momento de frescor - fugaz, mas muito prazeroso.
Me surpreendeu essa breja. Bela aparência cristalina, de cor entre dourado e bronze. Baixa carbonatação. A espuma bege tem boa formação, mas baixa persistência, além da superfície fina e constante que fica. É uma cerveja bem cheirosa. Tem aromas que brotam de flores e ervas, lembrando inclusive folhas de boldo. De início, a forte presença do amargor do lúpulo segue o sutil dulçor do açúcar mascavo e dos maltes. Mas depois, a força do lúpulo toma conta de quase toda a cerveja, se alongando da palma da língua até a goela, deixando um retrogosto seco e amargo. Experiência, se não ousada, pelo menos inusitada dessa linha "americana" da Backer.
Aparência dourada escura com boa formação de espuma
Aroma remetendo levemente ao maracujá e com boa presença de lúpulo
Sabor doce no começo e logo depois vem um amargor muito pronunciado, logo em um segundo gole da pra sentir a presença do maracujá no começo e depois a forte presença do lúpulo.