Quem acompanha de perto o mercado cervejeiro sabe que a Ambev (braço brasileiro da toda poderosa AB-Inbev) anda investindo pesado no segmento de cervejas ditas "especiais". Nos últimos 12 meses, por exemplo, a empresa reposicionou a linha "Bohemia" e entrou de vez no mercado de artesanais com a compra das cervejarias "Wäls" e "Colorado".
Seguindo esse movimento, a gigante também tem apostado na reformulação de linhas um pouco mais populares, oferecendo produtos de custo relativamente baixo, mas que contenham algum diferencial. O foco, aparentemente, é contemplar tanto o consumidor que está começando a experimentar coisas novas quanto aquele que já faz questão de beber algo melhor sem condições de gastar muito. Como exemplo, tome-se o caso da "Serramalte", que abandonou sua velha fórmula com milho para posicionar-se como "puro malte". Outro exemplo, sobre o qual discorreremos agora, é o caso da "Brahma Extra".
BRAHMA EXTRA
Lançada em 1943 pela antiga "Companhia Cervejaria Brahma", a "Extra" nasceu como uma opção um pouquinho mais encorpada do que a "Brahma" versão comum. Eis que após 72 anos na praça, esta 'Premium American Lager' deixa de ser um apenas um rótulo isolado para se desdobrar em uma nova linha. Surge assim a Brahma Extra "Lager", "Red Lager" e "Weiss".
RED LAGER
Trata-se de uma 'Amber Lager' "puro malte" com adição de aditivos químicos.
Líquido acobreado, translúcido. No copo forma um dedo de colarinho branco de baixa retenção.
Aroma proeminente de fermento com leve tostado e discreto sinal de lúpulo. Algo que lembra salgadinho de milho (tipo Fandangos) chama a atenção.
O paladar reforça a sensação de fermento em meio a nuances de pão, maizena e sutil tostado. Um amargor brando acompanha o final seco. Corpo baixo de carbonatação elevada. A excessiva presença da levedura causa certo "empapuçamento" e compromete goles seguidos.
Cerveja basicamente comum, com o diferencial de ser um pouquinho tostada: uma opção à altura daquela loira de sempre.