Se eu disser que essa breja me surpreendeu, corro o risco de ser rotulado como preconceituoso. Mas foi exatamente isso o que aconteceu. Foi a primeira Dama Bier que experimentei, e feita aqui na minha vizinhança, na paulista Piracicaba -- fato, aliás, que me lembra um preceito cervejeiro muitíssimo recomendado, o "support your local brewer", ou "apóie o seu cervejeiro local".
O que se pode dizer, inicialmente, da Dama IPA, é que ela está rigorosamente dentro do estilo que se propõe. A coloração é âmbar-clara brilhante, e o creme é denso e persistente.
No aroma (assim como no paladar), não espere as hiperlupuladas que acabaram virando moda entre os degustadores de cervejas especiais. Ao contrário, busque por EQUILÍBRIO, que é a grande marca dessa breja. Os toques herbáceos dos lúpulos contracenam harmoniosamente com os delicados dulçores dos maltes levemente tostados, e é nessa pretensa "simplicidade" que reside a excelência "britânica" da cerveja.
Os toques aromáticos se reproduzem no aroma. A carbonatação alta intensifica a drinkability e a refrescância. O corpo é médio, o amargor é de moderado a alto, e o final remete principalmente aos toques adocicados dos maltes.
Definitivamente, uma grande cerveja pra se tornar "session beer" de qualquer sedento mortal. Invista!