Prólogo: em maio desse ano fui pra Campos e as duas vezes que provei a Bock da Baden, ela apresentou uma característica esquisita e desagradável, que pensei só poder vir do malte: estava farinhenta, por falta de palavra melhor.
Não é que pra minha surpresa, essa mesma qualidade insólita se apresentou nesse chopp da Bamberg? A coloração é o ponto alto da breja, um acobreado intenso, muito bonito. Boa formação de espuma bege, de média persistência, que deixa camada perene. Corpo e carbonatação médios. So far so good. O problema começou no aroma, que mostrou tímidas notas de caramelo, mas já apresentou em cheio as tais notas farinhentas, lembrando bolacha maizena velha que vc esquece no armário e pras quais apela na hora da fome, logo depois fazendo aquela careta ao mordê-las. O confrade Renato identificou o tal "farinhenta" como sendo poeira, falando que lembrava tijolo baiano (pois é, a criatividade dos cervejeiros não tem limites! rs) O sabor seguiu tintim por tintim o aroma, farinhento, com um fundinho de caramelo e final amargo. Definitivamente, essa aqui não me fez a cabeça.