Líquido levemente turvo de coloração âmbar. Creme bege claro de médias formação e consistência, porém breve.
Aroma e sabor delicados e complexos em cada nota frutada, além de toques de baunilha, castanha de côco, e lúpulos cítricos, florais, herbáceos e resinosos. Achei o corpo relativamente pesado, mesmo assim de altíssima drinkability, álcool perfeitamente inserido, e retrogosto suavemente amargo de média duração.
Ao longo da degustação, ao passo que o líquido esquentou na taça, a predominância dos lúpulos cítricos e florais deram lugar de destaque ao herbáceo resinoso.
Procurei até no último gole as frutas que a minha memória dizia que eu conhecia nessa breja, lembrei-me de frutas cítricas, como mexerica em particular, depois me veio à cabeça o cheiro do sumo de laranja kinkan, e de uvaia, além de damasco ou pêssego fresco e em calda. Outra coisa curiosa foi que a combinação de lúpulos com uma gama de sensações cítricas, herbáceas e florais me trouxeram tanto aroma e sabor de frutas típicas do Cerrado, gabiroba e araçá especialmente.
Considerando Wäls Niobium como uma Imperial IPA de 9%ABV e 93IBU, é uma breja de alta drinkability, suave à boca dentro do estilo, líquido sedoso, álcool quase que imperceptível, e amargor presente, mas perfeitamente equilibrado com as outras sensações. Conseguiram fazer uma Imperial IPA diferente, experimentem!