Desde as primeiras se cervejas do estilo vienna ,ou que se rotularam Vienna,A Junkabeer se destacou. Encorpada ,elegante,com paladar e aroma bem acentuado em toque de maracuja apesar que depois do segundo lote o proprio junka adicionando o Dry-hoping conseguiu melhorar o que ja estava bom...
Esta foi, sem dúvida, uma das surpresas mais agradáveis desde que comecei a conhecer cerveja mais profundamente. Uma daquelas brejas para colocar na listinha e ter na geladeira sempre que possível. De cara, o rótulo agrada e instiga, com design bem contemporâneo, em tons de azul, preto e amarelo. A descrição da graduação alcoólica também alimenta boas esperanças, são 7,6% ABV e respeitáveis 36 IBUs, o que a meu ver, passam praticamente despercebidos, o conjunto é realmente digno de respeito. A cor é âmbar, bem turva, do laranja ao amarelo. Colarinho com excelente formação e duração, sujando toda a extensão do copo. Aroma maltado e lupulado, bastante frutado com destaque para o frescor do maracujá, não há quem não consiga senti-lo, as notas perceptíveis são um verdadeiro perfume que saltam assim que o líquido é despejado, há também algumas notas de caramelo e açúcar mascavo. Mas o melhor ainda está por vir! Que sabor é esse?! E essa refrescância acima da média? Um daqueles casos em que é preciso rezar para que o líquido não chegue ao final. O sabor tem certa simplicidade, mas é impossível não procurar bons adjetivos para elogiar esta bela criação. Boa dose de malte, lúpulo muito bem inserido, amargor discreto e consistente, corpo médio e carbonatação idem fazem desta paranaense um verdadeiro encontro com o prazer. Novamente destaque para a fruta Maracujá, que apesar de sobressair no conjunto, aparece de forma impecável e pra lá de refrescante, fazendo com que os goles aconteçam um atrás do outro, cada um sendo saboreado como se fosse o primeiro. Final longo e amarguinho, retrogosto médio e muito agradável, ficando um nobre amargor na língua após a degustação. Virou uma de minhas preferidas. Parabéns Junka e Fer pelo belíssimo trabalho, dá muito orgulho saber que aqui no Paraná tem gente bem informada, com bom gosto e técnica suficientes para fazer frente à muita cerveja gringa de renome.
Já havia provado essa Vienna Lager do cervejeiro André Junqueira antes e tinha me surpreendido. Trata-se de uma Vienna Lager com uma dose extra nos maltes, o que levou o cervejeiro a caracteriza-la como uma Double Vienna Lager. A questão é que a cerveja consegue ser amarga e com um paladar surpreendentemente límpido.
Sua coloração é um cobre com tons avermelhados, e pouca translucidez. Seu creme é marfim, cremoso e não mostra retenção no caneco. O aroma mostra um potente maltado, que remeteu a açúcar mascavo, caramelo, cana de açúcar. Se o malte solta aromas com intensidade, o lúpulo também e ainda esbanja complexidade. Traz notas de flor de laranjeira, maracujá e um delicioso mentolado. Nada que seja tão rústico no aroma. O álcool já se faz presente logo no aroma.
O paladar mantém o mesmo perfil marcante e equilíbrio de maltes e lúpulos. Entre as notas maltadas, se destacam o forte caramelado e açúcar de cana, que novamente são evidentes. O lúpulo mostra características um pouco mais marcantes na boca, com um delicado frutado cítrico e um potente herbáceo contrastando e dando um delicioso amargor final. Final longo e alcoólico, por sinal que ainda traz notas de cravo, para condimentar ainda mais. Para quem gosta de cervejas extremas, é um prato cheio.