Invicta 1000 IBU

Logo ao abrir o aroma de lúpulo se faz presente, herbal, lembrando a grama molhada, o liquido é ambar e levemente opaco. Na boca, uma explosão de amargor, mas sem ser agressivo, não predomina, combina com o fundo maltado, ligeiramente doce. O final é muuuito amargo e longo. Apesar de todo amargor é uma cerveja equilibrada, mas não tem drinkability, não vejo essa cerveja como uma session beer.

Cerveja de coloração âmbar, levemente turva. Aroma tem o lúpulo bem presente, cítrico, herbal. Amargor é forte, mas dentro do estilo, retrogosto é seco e amargo, mas bem agradável, bom drinkability. Corpo bem leve, refrescante. Boa cerveja, apesar de não ser tudo que promete.

APARÊNCIA: dourada, cobre, com alta formação de espuma, tipo shampoo, que permaneceu e fez renda no copo.
AROMA: destaque pros lúpulos, que já se sente ao abrir a garrafa, deixando um pouco de pinho, flores e cítricos.
SABOR: amargo, mas não como se "teme", com destaque pro cítrico. Percebi um pouco do malte, talvez um pouco de pão doce.
SENSAÇÃO: encorpada, sente-se ela por inteiro na boca. Retrogosto amargo, como era de esperar.
GERAL: a proposta da cerveja é mesmo ser amarga, e consegue. Os lábios ficam com o amargor ao final, e o retrogosto tem média duração. Gostei demais, e espero repetir a dose!

Confesso que já tive medo desta breja. Contudo, apesar do ameaçador amargor teórico, tornou-se uma das minhas preferidas. Ainda prefiro, da mesma cervejaria, a Imperial IPA, por achá-la mais equilibrada. Mas as diferenças, na minha preferência pessoal são poucas. Atualmente, as imperiais IPAs perdem, na minha preferência pessoal, apenas para as Imperiais Stouts.
No aroma, o cascade é muito evidente, lembrando manga, pêssego, floral, laranja, muito cítrico. Mais manga. Lembra a folha da mangueira. Espetacular o aroma, embora seja dominado pelos lúpulos. Nada de malte.
A aparência é turva, acobreada, me agrada bem mais que cervejas translúcidas. O creme é médio pra alto, de boa persistência. Mas se estabiliza bem baixo.
O sabor é uma festa de amargores diversos. É bem desequilibrada nesse ponto, até por que esta é a proposta da breja: Ser extremamente amarga! Saborosissississíma! (escrevi a avaliação 5 dias após a morte do Chespirito). E conforme vai esquentando vai ficando mais gostosa.
O conjunto fica prejudicado pela proposta da breja, mas não prejudica seu sabor. Malte? Esquece. Álcool, nem dá as caras.
A sensação final é que parece que fui arrebatado para um lugar em que as sensações se resumem ao lúpulo. Como a gente diz aqui em minas gerais: ê trem bão, sô!!!