Petra Bock

Doce em excesso, sem complexidade e com sabor leve para o estilo, trata-se de mais uma Petra que pratica preço de artesanal e apresenta características de premium de massa. Boa aparência, com cor avermelhada translúcida e boa espuma bege - mas o fato de levar corante me impede de pontuar alto nessa quesito. Notas metálicas intensas, com caramelo em destaque (mais doce que queimado, sugerindo adição de carboidratos) e leve cítrico lupulado. Finalização alcoólica, e final adocicado de média duração, com retrogosto de malte (pão), junto com caramelo. Está certo que o estilo pede boa presença da doçura do malte-caramelo, mas eu achei que esta ficou excessivamente doce, com amargor pouco relevante e leve acidez. O corpo também é aguado e leve demais, sobretudo se levarmos em conta as características do estilo.

A comparação com a Kaiser Bock, que tomei no dia seguinte, foi desleal para a Petra, que se mostrou menos saborosa, menos equilibrada e muito mais cara que sua concorrente de massa. Minha impressão é a de que a Petra mira um público pouco acostumado com cervejas, que conhece no máximo uma Erdinger (cuja embalagem ela copia cuidadosamente na disposição dos rótulos) e não sabe que sabores o aguardam nesta faixa de preços.

Bock nacional sem muita expressão. De aparência razoável, cor ambar levemente escurecida. Revela um corpo leve, gosto levemente metalisado, podendo até refrescar se estiver numa boa temperatura num dia sem muitas exigências degustativas. Assim mesmo ela ganha alguns pontos pelas discretas característica BOCK.

Bock pra americano ver. Falta corpo, falta alcool, falta sabor, falta amargor.... Ela nâo é uma cerveja péssima, mas por ser uma bock, espera-se mais dela, além dos fracos aromas e sabores de malte e lupulo, um leve citrico. Cerveja leve, carbonatação média. Ponto positivo é a boa formação de espuma, porém de média duração.

Minha primeira avaliação desta cerveja foi: "Com certeza a minha amostra estava com defeito. Poucas vezes senti uma cerveja com um aroma tão desagradável. O sabor não foi tão ruim, mas ficou muito comprometido também. No mais, pouco álcool percebido, corpo suave, coloração acobreada clara e bem transparente."

Em nova avaliação, a breja estava muito diferente, confirmando que aquele exemplar tinha alguns defeitos. Desta vez, a cerveja mostrou-se com uma boa espuma, não lá muito alta mas com uma boa duração. Cor acobreada clara e totalmente translúcida, como da primeira vez.

Aroma e sabores em muita sintonia. Ambos são adocicados, predominância de caramelo e um pouco de malte. Não senti o torrado no início, começou a aparecer mais pros últimos goles, junto com maior amargor sentido na garganta. Falando em amargor, o lúpulo pouco aparece, dando apenas um toque cítrico/picante.
Mas o resumo é: doce em excesso na verdade.

Retrogosto de boa permanência, mas novamente muito doce. Sente-se o poder do álcool e um corpo médio na boca.

Diria que agrada no início, mas não consegue manter boas impressões pois logo vê-se que não tem complexidade e acaba se apoiando muito no caramelo.

ESTE-CEGO DE CERVEJAS BOCK DO BREJAS.Cor avermelhada escura, com um pequeno enlace de espuma. Aroma maltado com notas de frutas vermelhas, leve preseça de álcool. Sabor bastante complexo, levemente adocicado, com fortes notas de ameixa vermelha, aquela do natal. Sensação seca com notas de malte torrado.