Degustei essa breja duas vezes, no Frei Tuck em BH (que belo lugar!), e depois em casa, com mais calma e atenção.
Sua aparência é dourada e levemente turva. Seu creme branco é médio na altura, com tamanho variável das bolhas, e longêvo.
Seu corpo é levíssimo, altamente refrescante. Textura aguada e carbonatação na média, ótima nessa breja. Tem final levemente seco e picante, na lingua e na garganta. E tem duração, fazendo companhia por bom tempo.
Apresenta-se com boa acidez, e daí vem parte da sua refrescância, com levíssimo amargor. O gengibre, ingrediente mais importante na confecção dessa belezura, está presente em todos os seus aspectos. Tem umas pouquíssimas casquinhas viajando pelo líquido conforme sobem as bolhas (só percebi isso na garrafa que tomei em casa), está na boca com seu gosto, picância e refrescância e, de maneira surpreendentemente agradável e perfumada, no aroma. Para aproveitar mais o aroma, delicado e verde, aconselho taças tipo tulipa. Tomei em dois tipos de taças e a tulipa fez diferença.
Havia uma dúvida quanto à sua drinkability, pela marcante presença do gengibre. Da segunda vez que degustei a dúvida foi tirada: tem muuuita drinkability e equilíbrio.
Particularmente, tomei várias lições dessa breja. Sou fã das cervejas escuras, fortes e amargas. Essa menina é o oposto de tudo isso, e me rendi a ela com o maior prazer.
Seu rótulo é muito bonito, feito com cuidado, como a própria breja.
A não ser que não goste de gengibre, é daquelas cervejas que todo mundo deve ter em casa, por sua particularidade e qualidade.
Arrghhh, por que BH é tão longe?!!!
Dourada, turva, creme claro e persistente. Aroma?? Gengibre!!! Um olfato atento há de notar o lúpulo, as efetivamente o gengibre salta no aroma e no paladar nessa cerveja de corpo médio e sabor marcante. A O'Driscoll é diferente, forte e mesmo assim, equilibrada e refrescante.
Pra quem não sabe (eu não sabia), o nome é uma homenagem do criador e produtor da cerveja, João Becker, também jogador de rugby, a Brian O'Driscoll, capitão da seleção irlandesa de rugby, indicado para jogador do ano pela IRB e que tem o apelido de Ginger (gengibre) devido aos seus cabelos ruivos.
Fiquei viciado nessa cerveja. Já comprei duas caixas completas do João e sou um entusiasta de sua qualidade.
Coloração âmbar clara, creme branco medianamente denso, consistente e persistente.
No aroma... GENGIBRE, claro! A especiaria domina todo o nariz, dando a ideia da refrescância da breja e deixando em segundo plano o malte. Há também uma levíssima percepção herbácea lupulada.
Na boca, a cerveja explode em sensações REALMENTE picantes. O apimentado do gengibre assoma os sentidos, permanecendo no paladar por longos e deliciosos momentos após a degustação. Essas sensações continuam ainda na garganta, "esquentando" o paladar. Um leve amargor de lúpulo pode ser percebido na base da língua. A carbonatação é leve, o corpo é médio e a sensação alcoólica é perceptível, valorizando o conjunto.
Diferente. Ímpar. Deliciosa.