A embalagem chama muito a atenção. O aroma é bem fraco. Na boca é o sabor tem persistência média, pouquíssima formação de espuma e a que forma some rapidamente. Sente bem o álcool, talvez alguma essência de malte e não o malte mesmo, com outros cereais. Entre as populares, inclusive a Skol Beats e a Skol comum, essa é a melhor. O preço é bem acessível e acredito que esse será um grande fator para o giro dela ser maior. Com cara da noite, de balada, pode chamar a atenção com isso para os jovens e apreciadores de cerveja um pouco mais encorpada e alcoólica.
Eu coloquei num copo, devidamente limpo, e percebi uma falta de filtragem. Apareciam alguns pontinhos mais esbranquiçados e uma levíssima turbidez.
Foi com grande sucesso que no ano 2000 o festival de música eletrônica "Skol Beats" realizou sua primeira edição. Dois anos mais tarde, a festa ganhou uma cerveja temática. Nascia assim a "Skol Beats", uma versão de teor alcoólico ligeiramente superior ao da Skol normal, caprichosamente envasada numa estilosa e curvilínea garrafa de vidro transparente.
O tempo passou e o festival deixou de existir. Quem diria, pois, que após 11 anos de ter sido lançada, uma nova versão chegaria ao mercado? Pois é, trata-se da "Skol Beats Extreme" - uma 'strong lager' de 6,9% de teor alcoólico que promete agitar as baladas. Para reforçar a ideia de uma cerveja feita para a noite, a garrafa ganhou um visual especial totalmente negro. Mas será que ela funciona? Vamos à degustação!
ANÁLISE SENSORIAL
Dourada e brilhante, apresenta colarinho branco de boa formação e média duração - deixando, inclusive, algumas marcas de espuma ao redor do copo.
O aroma revela suave presença de malte bem como de outros cereais não malteados e milho. Notas de pão, fermento e um risco de lúpulo vêm sobrepostas ao fundo evidentemente alcoólico.
De corpo significativamente mais denso do que o de uma Skol comum, ela chega ao paladar trazendo bom dulçor do malte e adjuntos, seguido por um amargor leve, porém claramente mais intenso do que em qualquer outra versão da cerveja. Nos primeiros goles o álcool bem que chega a ser percebido, mas a medida que se vai bebendo ele tende a desaparecer - o que pode se tornar um perigo. O final reforça este amargor atípico para uma Skol, além de trazer evidências de milho e xarope de maltose que propiciam um retrogosto levemente adocicado.
O resultado, de modo geral, se mostra satisfatório. Com boa 'drinkability' e potencial de embebedar em dois pulos, a "Skol Beats Extreme" tem tudo para fazer a cabeça da moçada. Até mesmo quem torce o nariz para cervejas de marcas mais populares é capaz de eventualmente criar oportunidades para consumi-la. Vendida por um preço super acessível, de uma coisa estou certo: esta é a "melhor" Skol que você vai encontrar por aí.