Consolidada no mercado nacional, a importadora "Beer Legends" é uma velha conhecida dos apreciadores de boas cervejas, trazendo para ambiente brasileiro alguns dos melhores rótulos disponíveis lá fora. Após anos de experiência no segmento, soou muito natural o anúncio de que passariam também a produzir sua própria linha de cervejas. Foi assim que no segundo semestre de 2013 nascia a "Tupiniquim", uma microcervejaria sediada na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, cuja brasilidade se expressa tanto no nome quanto no logo que traz uma arara azul como símbolo.
Os passos iniciais da nova cervejaria não poderiam ser mais largos. Logo de cara apresentou-se vasto portfólio recheado de lançamentos dentre os quais destacam-se os rótulos colaborativos com as cervejarias ciganas "Evil Twin" (Dinamarca), "Omnipollo" (Suécia) e "Stillwater" (Estados Unidos). Com um início tão profícuo o reconhecimento veio rápido: no concurso South Beer Cup de 2014, realizado em Belo Horizonte (MG), foi eleita a "Cervejaria do Ano".
Líquido amarelo pálido. Na taça forma três dedos de colarinho branco de média persistência.
Aroma suave de malte e lúpulo com toques herbáceos, notas de cereais e sutil manteiga. Simples.
Na boca revela corpo baixo-médio de moderada carbonatação. Agradável doçura de malte surge em primeiro plano com ecos de pão doce e biscoito. Ligeiro traço de diacetil também aparece, porém em níveis aceitáveis para o estilo. Pinceladas herbáceas de lúpulo conferem reduzido amargor. A 'drinkability' é altíssima. Final maltado, levemente adocicado, pontuado por reminiscências de biju e discreto fermento.
Cerveja direta - leve e refrescante - daquelas de tomar de balde. Pouco amarga se comparada à uma autêntica 'German Pilsner', tem tudo para agradar o paladar brasileiro.
Amarela, turva, espuma baixa a média. Aroma bem neutro, ainda mais quando bem gelada. Sabor adocicado, levemente amanteigado com pouco lúpulo no final do gole. Redonda, harmônica, com bom drinkability, mas tinha que ter um preço melhor para valer mais a pena.
Dourada, de escassa espuma branca.
O aroma nos lembra fermento e, levemente, lúpulo.
O paladar imita, mais acentuadamente, o odor. Aqui, o lúpulo se evidencia e equilibra o malte inicial. Parece-me, contudo, um pouco aguada, dissolvendo as notas bem inseridas.
Refrescante e acima de nossas lagers populares. Porém, quando se rememoram as pilseners alemãs, permanece aquém.