Enxente caótica no Rio de Janeiro, Arruda solto! Só tem notícia ruim nesse país, que alias está perdido. Eis que surge uma brisa!
Após o telejornal resolvo refrescar a mente com uma bem guardada mineirinha.
A embalagem pomposa sugere um estilo europeu, o rótulo avisa: É uma belga, sô!
Noooó!!!!!
Noooó, não! Nos-sa Se-nho-ra A-pa-re-ci-da do Nor-te!!!!!
Seria possível???? A melhor cerveja tupiniquim!!!! Sim ou não????
Pra quê se questionar uai? Tô di quêi caí....
E o malte??? Aliás, os maltes!!!!! Um doce caramelado que gruda na boca.
O lúpulo é de amargor delicioso, frutado, complexo e que não sai da garganta.
Um lindíssimo toque amadeirado: carvalho! sim, lembra uma cachacinha dourada de Salinas.
A presença marcante do álcool no sabor é certeiro e dá um peso explosivo.
Pena que acaba!
No final eu tava olhando o bico da garrafa e já imaginava a Ciccareli. Fí di Deus!
Essa danadinha é um tesão! Noooó!
A descrição do Mauricio diz tudo. É difícil acreditar que é feita no Brasil. São as Minas Gerais! Intensa... mas tão intensa que eu demorava minutos entre os goles. Confesso que fiquei inebriado com a sua complexidade. Mesmo eu sendo um cara que ando estudando cerveja há algum tempo, me perdi nas sensações oferecidas por esta Wälls.
Linda cor ambar, avermelhada, ao despejá-la na taça revelou seus aromas, diversos e hipnotizantes. Canela, caramelo, citricos diversos e um doce definitivamente presente.
Qdo a degustei, fiquei mais tonto ainda tentando entendê-la, como quando um homem sai com uma mulher pela primeira vez, tamanha complexidade. No meu próximo "encontro" eu tentarei identificar mais opções, por agora, me limitarei a dizer: FANTÁSTICA!
Essa Breja da Wäls faz frente á todas do estilo no mundo, com muita complexidade em seu aroma e sabor. O malte tem maior predominância com toques adocicados, mas tem as leveduras com seus ésteres e o lúpulo dando um ótimo suporte.
Apresentação caramelo, com tons avermelhados, um bonito creme bege que tem uma boa formação e permanece por certo tempo.
Aroma extremamente complexo. Logo de cara, as sensações doces de caramelo, toffee, mel e melaço acompanhadas de toques frutados de tangerina e laranjas em compota, temperados com cravo e coentro e ainda com toques de chocolate interessantíssimos, junto com uma ótima sensação de cachaça mineira (que se sente de longe) e hints amadeirados. Ainda temos as frutas secas com bastante perfume de ameixas, figo e uvas passas, mas as leveduras ainda trazem (?) algo de couro (?).
Uma festa de sabores e sensações é o que temos na boca! O malte toma a frente aqui também, com boas e intensas notas adocicadas de mel, caramelo e toffee, com as frutas aparecendo em profusão também com as cítricas notas de laranja em compota e tangerinas e com a sensação da cachaça, fazem parecer um licor de uma dessas frutas, ainda mais com a sua textura licorosa, aveludada, descendo macia, sem agressividade. Ainda tem espaço para um gostoso sabor de chocolate e café e para finalizar o álcool muito presente traz aquela gostosa sensação de calor e picância.
Final com dulçor bem pronunciado, com o mel e o caramelo no começo, juntos da citricidade das frutas, lembrando um pouco as cascas, seguidos do toque da cachaça bem presente acompanhado de chocolate, seguidos das especiarias (cravo, coentro), finalizando num fino amargor acompanhado de todas as outras sensações. Uma delícia!
Breja que tem um dulçor bem pronunciado que tenderia para um grande desequilíbrio, mas com o álcool pujante e sutil amargor, a faz ficar em ótimo equilíbrio. A adição de chips banhados na mais pura cachaça mineira e Dry Hoppin’ a deixam com uma personalidade gigante!
A Wals sempre inovando, e agora é só esperar para vermos a Wals Brut como será! Não vejo a hora!!!!!
De coloração marrom avermelhada, turva. Espuma marrom, de bolhas médias e persistente. Excelente aroma rementendo a frutas vermelhas e chocolate. No sabor, início e final amargos, presença de malte de cevada, lúpulo e caramelo. Encorpada. Carbonatação baixa. Álcool perceptível, conferindo-a uma sensação licorosa.