Wäls Saison de Caipira

Cerveja amarelo-clara e turva com creme pequeno de curta duração.
Aroma doce. O caldo de cana aparece, ainda que discretamente.
Sabor doce com notas de fermento e coentro. Corpo leve e carbonatação baixa.
Boa cerveja.

A Wals Saison de Caipira é uma cerveja do estilo Saison, este originário da região de Valônia/Bélgica. Estilo sazonal fabricado para durar ao longo do verão e que caracteriza-se por produtos que, em razão da adição de ervas e especiarias, se apresentam eminentemente caseiros, frescos, algo ácidos, desprendem ésteres frutados (laranja ou limão) e com bastante gás. O termo farmhouse (casa de fazenda) associado ao estilo remete às origens caseiras e artesanais do mesmo.

É produzida pela brazuca Wals, sediada em Belo Horizonte/MG, cuja história iniciou-se nos idos de 1999. Sua fonte de inspiração na fabricação das cervejas que figuram em seu portfólio são as tradicionais escolas cervejeiras belga e theca. Em seu leque se brejas se destacam a trilogia "dubbel", "tripel" e "quadrupel" e a festejada Petroleum (parceria com a paranaense Dum).

Lote 0001. A garrafa é de 375 ml, rolhada, e o rótulo está muito bem apresentado com ilustração do arquiteto mineiro Gustavo Penna e a mim lembra um cortador de cana em atividade. Também está ostentado o selo da Brooklyn Brewery, vez que a Wals Saison foi produzida em parceria com o mestre cervejeiro Garret Oliver.

Vertida na taça revelou uma coloração amarelo pálido, semelhante a suco de lima, média turbidez, uma espuma branca de satisfatória formação, razoável densidade e de manutenção mediana. A perlage é contínua, com bolhas pequeninas.

O aroma se apresenta bastante intenso, podendo ser percebidas claramente notas de cana-de-açucar, especificamente garapa em processo de fermentação. Vislumbra-se ainda notas terrosas, de frutas cítricas (limão e/ou laranja), banana, malte de trigo, lúpulo herbal suave, leveduras, especiarias (cravo e coentro).

O líquido ostenta uma certa efervescência e um sabor que revela notas adocicadas de caldo de cana, mas não tão intensas a ponto de impedir a percepção de uma certa acidez própria do estilo e que lembra notadamente casca de laranja e/ou limão. Além disso percebe-se pão, malte, caramelo, leveduras, coentro, cravo e lúpulo sutil. O álcool de 6,5% ABV não é pronunciado e harmoniza o conjunto. O final é seco e levemente picante e o retrogosto é adocicado. A carbonatação é média e o corpo é leve. A drinkability é muito boa!

A Saison de Caipira não é uma cerveja que possa se dizer marcante e complexa, mas se revelou bem refrescante e saborosa com a adição da cana-de-açucar. A mim o conjunto se mostrou muito bom e a degustação foi prazerosa.

Recomendo!

O amigo Élcio (ex-Butiquim do Limão) sempre que vem a Poços de Caldas me surpreende com belas cervejas que traz de BH, desta vez algumas do Mamãe bebidas; degustamos ao todo 11 cervejas com 10 inéditas pra mim.

Bonita garrafa e rótulo.
-APARÊNCIA: castanho claro e turvo como água suja, quase sem bolhas e sem creme
-AROMA: de bagaço de cana predominante e muito próximo de uma weissbier.
-SABOR: acompanha o aroma e tem um equilíbrio amargo, ácido, azedo e doce tudo bem leve.
-TATO(SENSAÇÃO NA BOCA): viscosidade muito aguada com praticamente nada de crocância, leve sensação de álcool com final adstringente e ácido fugaz.
-CONJUNTO: média drinkability. Esta cerveja decepcionou-me. Apezar de não ser ruim, todos os 5 degustadores da mesa, todos fãs de todas Brooklyn e Wäls, claro que esperávamos algo muito inusitado, mas foi o contrário.

Aparência bege fosca, rústica, quase sem creme. Em quase tudo lembra uma witbier, muito fermento no aroma e sabor, com muito cravo e cítrico. Aroma interessante que lembra cachaça. Textura e sabor terrosos, lembrando rapadura, mas o dulçor é sutil, não demasiado acentuado. Baixíssimo amargor. Personalidade indiscutível, esse é o maior barato dessa cerveja.

OBS: O desenho do rótulo parece mais um dançarino de tango no pole-dance que um caipira.

Coloração ocre, líquido turvo. Creme de baixa formação e duração.
No aroma e sabor, a cana-de-açúcar aparece livremente, dando um dulçor excêntrico e refrescância à breja. O final e retrogosto trouxe-me também toques herbáceos/especiarias.
Proposta muito interessante ao meu ver. Alta drinkability, mas não foge à excentricidade ao refletir em uma Saison padrão. Vale a pena conhece-la.