Way Cream Porter

De cor preta, levemente translúcida e de espuma marrom, que desaparece rapidamente, está cerveja tem sabor suave, pouco amarga e tem um leve azedo ao fundo. Seu cheiro não é dos melhores, mas é uma cerveja barata de baixo teor alcoólico. Dá pra tomar, mas não me agradou muito, tem porter melhor no mercado...

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Colocada no copo a impressão é de beleza completa, a cor é linda, como em toda breja preta, a espuma também é muito bonita.
No paladar me pareceu menos complexa do que a impressão inicial, aquele gosto de madeira e um leve café, malte tostado e lúpulo leve.
Toma-se de boa, é algo entre uma porter e uma red.
Vale a pena!
Ah! A estranheza pela medida da garrafa! 310 ml.? O que significa?

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Esta Way Cream Porter é uma cerveja do estilo Porter, este surgido na Inglaterra nos idos da Revolução Industrial (século XVIII) e que caiu no gosto dos operários para comemorar o término de longas jornadas de trabalho. Caracteriza cervejas de alta fermentação, de coloração escura, bem maltadas e com impressões que lembram traços de nozes, panificação, chocolate, toffee etc. É um estilo antigo que seria o resultado da mistura de três tipos de cerveja: uma Old Ale, uma Pale Ale e uma Mild Ale. Desta combinação resultaria uma bebida a que os ingleses chamavam de ‘Entire Butt’ ou ‘Three Threads’.

Autêntico 'Bicho do Paraná', na expressão cunhada pelo cantor e compositor João Lopes, é produzida pela micro cervejaria Way, instalada na cidade de Pinhais - região metropolitana de Curitiba/PR. Cria de Alejandro e Alessandro, a história recente da fábrica vem de novembro de 2010 quando estreou no Festival da Cerveja em Blumenau/SC. O nome homenageia a 'escola' americana, fonte de inspiração para a empreitada nestas bandas. No portfólio estão a Amburana Lager, Avelã Porter, Belgian Dark Roller Coaster IPA, American Lager, APA, Irish Red Ale, 8S eight secrets, Die Fizzy Yellow, Single Hop Project ## 1 e 2 e outras.

Validade 31.05.2014. A garrafa é de 310ml, tampa prateada. O rótulo, de cor azul, é minimalista, vem estampado no vidro numa espécie de serigrafia e traz o nome da breja e o estilo. No verso figuram as demais informações tais como ingredientes e validade.

Vertida na taça revelou um líquido de coloração negra, mediana translucidez, que apresentou espuma de cor bege de exuberante formação, cremosa, de elevado volume e que demonstrou destacada persistência. Lacing presente e mesmo após o creme esvair-se manteve uma camada perene sobre o líquido. Perlage (bolhas) não perceptível.

Possui aroma intenso e complexo, tendo apresentado notas salientes de torrefação que lembram café e chocolate amargo. Também se percebe caramelo, açúcar mascavo e um frutado de ameixa. O álcool é discreto e o amargor dos lúpulos com sensação herbal, apesar de não ser saliente, harmoniza o conjunto.

No paladar o líquido se apresenta com uma textura aveludada e de boa complexidade. Referenda as percepções olfativas e exprime um perfil maltoso de início adocicado. Percebem-se notas de torrefação que denotam café e chocolate amargo, melaço, além de um frutado de ameixa, caramelo e baunilha. O amargor lupulado é razoável, com notas herbais, mas acaba sendo desvirtuado pelo amargor inerente à torrefação. O final é seco e amargo. O retrogosto é agridoce e torrado. O álcool de ABV 5,6% nem de longe é saliente, mas vem bem inserido. O corpo e a carbonatação são médios. A drinkability é excelente, pois a breja é fácil de beber.

O conjunto tem boa complexidade e destacado equilíbrio entre maltes e lúpulos. Ao que me parece a Way Avelã Porter é levemente superior. De qalquer forma, dá gosto saber que o Paraná está bem servido de cervejarias produzindo coisa boa. Degustação prazerosa!

Recomendo!