BrewDog Tactical Nuclear Penguin

Sem nenhuma espuma, cor marrom avermelhada, translucida, sem carbonatacao aparente. No aroma, nao se sente nada de álcool, apenas um toque adocicado e perfumado . Já na boca, a primeira impressão é de muito álcool. O segundo gole já mostra um dulçor inicial maior, deixando o álcool aparecer mais no fundo da boca, fundo da língua. Depois de sentir algo um pouco salgado no sabor, comecei a perceber algo de tempero no aroma. Nao chega nem perto da agressividade de um destilado de 40% que conhecemos. Nao lembra nenhum destilado na verdade.

Madeira começou a aparecer quando a breja já estava bem mais quente, lembrando de longe um licor de nozes/amêndoas. Bem licoroso na boca, mesmo quente nao agride o paladar.

Belo conjunto, mas não chegou a ser uma cerveja super agradável de tomar. Vale pela intensidade de álcool, e só.

Cerveja elaborada para ser "extrema", seja qual for o sentido que os cervejeiros quisessem conferir ao termo...

A coloração é ocre-escura, e o creme é praticamente inexistente, o que é compreensível dada a altíssima potência alcoólica.

No nariz, o álcool sobressai quase que totalmente, dominando os sentidos. Em segundo plano, ficam os maltes tostados (sugerindo café e chocolate amargo) e ameixas em compota. Tais sensações se repetem na boca, com grande destaque ao álcool que aquece sobremaneira.

Das extremas da Brew Dog, esta tem maior drinkability. O aroma, logo que sentido, assusta: o álcool prevalece e chega a arder o nariz. Ao fundo torrado, café e frutas. Mas, ao dar o gole, percebe-se que quase se chegou a um equilíbrio palatável - quase porque mesmo que permita os outros sabores de serem sentidos, o álcool e o amargor roubam a cena, um tentanto equlibrar o outro. É marrom escura, espessa, viscosa, na boca é forte e intensa. Vale a curiosidade, chega a surpreender por ser degustável, mas não é algo de se pensar sempre.

Uma cerveja impressionante feita para impressionar tal como a TNT e a End Of History. Com certeza essas cervejas de graduação alcoólica extrema da Brew Dog não brilham como as outras (incluindo a Tókio com seus 18,2%), que na minha opinião são todas cervejas geniais e que dá para beber no cotidiano. Mas não deixa de ser uma "experiência". Além do álcool extremo o que chama a atenção é o sabor defumado. Complexa, aromática e com uma carbonatação que eu esperava não encontrar. Tal qual a Sink The Bismarck, numa segunda degustação eu escolheria melhor a quantidade e o momento. Deve haver uma situação e uma harmonização que faça dela uma grande pedida. O problema é o preço desse aprendizado.

Também faço parte da Confraria Cervejeira Paulistana e por isso vou pular a parte da descrição do momento da degustação que foi muito bem escrita pelo Castelucci.
Coloração castanha lembrando um brandy, translucida, com carbonatação quase zero e nenhuma formação de creme.
No aroma, predominou o alcool e o defumado não deixando espaço para mais nada.
No sabor me surpreendi pois ela se mostrou estremamente parecida com uma rauchbier, trazendo notas defumadas de bacon lembrando molho barbecue sempre arrematado pelo alcool muito evidente que acompanha do inicio ao final permanecendo no retrogosto por alguns minutos.

Na minha opinião essa é mais facil de beber do que sua irmã Sink The Bismark, porém mesmo assim esta a anos luz de minha lista de cervejas imperdiveis que devem ser degustada. Fica até um pouco redundante dizer que o custoxbeneficio é horrivel. Vale apenas pela experiencia e pelo lado "pitoresco" do rotulo.
Para definir em poucas palavras, seria algo como uma Rauchbier com adição de uma excelente cachaça.