Aparência - bem escura com um fina camada de espuma bege de boa persistência.
Aroma de café, torrado, whisky, madeira, um pouco de frutas escuras e um leve adocicado.
Sabor (no meu gosto foi sensacional) torrado, com sensações de whisky e madeira, com toque de frutas escuras. Amargor leve, mas achei ideal para o estilo. Álcool muito bem inserido.
Bom corpo, um pouco aveludado e carbonatação na medida.
-Aparência: Espuma baixa e de boa persistência. Líquido preto.
-Aroma: Maltes torrado/tostado, café, chocolate, melaço, whisky, madeira e baunilha. Leve frutado com frutas secas.
-Sabor: Maltes torrado/tostado, leve defumado, café, chocolate, whisky bem presente e madeira. Leve frutado com frutas secas. Final levemente seco, torrado, amadeirado, com bom amargor e leve aquecimento alcoólico.
Garrafa número 00614, de abril de 2013.
Coloração negra com espuma marrom clara de média formação e baixa resistência. O aroma e o sabor se assemelham muito, é nítida, até para quem está começando, as notas agudas de whisky, madeira e especiarias como castanhas torradas. Ainda há sugestões de baunilha e alguma fruta passa, além de toques defumados. São mais de vinte anos maturando em barris de whisky Highland Park, tal peculiaridade nos faz entender o porque de sua baixa carbonatação e do corpo às vezes meio “aguado”, o tempo confere tal característica às cervejas de guarda. Uma cerveja rara, só isso já vale a degustação. A potência alcoólica aparece e vai ganhando mais força à medida que o líquido esquenta. Final seco, amargo, amadeirado e persistente, com retrogosto alcoólico e obviamente remetendo a whisky.
Líquido preto e opaco, creme bege/marrom muito curto. Aroma com álcool em profusão, tostado e madeira. Acho que segue o que promete, mas me pareceu desequilibrado. Na boca a coisa melhora, com cafe, tostado e madeira em conjunto no início, álcool aparecendo com força depois. Amargor intenso. Embora a cor e muitos dos sabores não tenham nada a ver, a combinação amargor/álcool/madeira faz lembrar muito a whisky. Carbonatação leve para média, corpo médio mas algumas brechas aguadas em alguns momentos. Sei lá, apesar do imenso peso de sabores e força de álcool e amargor, não gostei muito em vista do que esperava.
Garrafa 01144 (abril/2013). De coloração totalmente negra, por onde a luz não consegue transpassar. Não houve formação de creme.
O aroma é uma explosão de notas avinhadas, melaço de cana, toques de malte torrado e defuma, escondidos sob sensações terrosas, e álcool presente subjacentemente. O sabor traz os aspectos do aroma de forma gradual, sendo que os toques avinhados e alcóolico me fizeram lembrar de vinhos do Porto Tawny e Xerez - como apontado no site oficial da Harviestoun Brewery - além de melaço, algo mais sutil de castanhas, e um final mais seco valorizando o malte torrado e defuma. O álcool é o veículo pelo qual todas essas sensações vieram e se foram. Retrogosto médio e cremoso deixando um resquício de cada aspecto do aroma e sabor, e a sensação anestesiante à boca após um gole de whisky puro.
Ola Dubh 1991, a despeito do simplismo na comparação, se mostrou como uma versão mais adocicada, encorpada, e valorizando aspectos outros em relação à obra de arte Ola Dubh 40 . A diferença, talvez sutil, que mais me deixou estasiado, foi a forma que o álcool subjacente se comportou, e as sensações proporcionadas diferencialmente nos dois rótulos.
Perfeita!