Coloração cobre com creme branco "encardido", de média persistência. Aroma de caramelo, frutas amarelas e especiais. Na boca, logo se nota que não possui muito corpo. Bem carbonatada. Seu amargor remete a plantas, como rúcula, e seu sabor a pão. A pimenta Chipotle, que entitula essa breja, demora para aparecer e, assim mesmo, muito sutilmente, no final do retrogosto. Se o rótulo não dissesse que há pimenta, talvez eu até a confundiria com algum outro tipo de condimento. Nada tão intenso como uma Ogre Chaparrita ou uma Coruja Labareda. É interessante e bem feita, mas não me surpreendeu.
Aroma maltado, acaju turva na taça, com formação de um creme ralo porém persistente. No paladar, malte tostado, lúpulo floral e alguma pimenta, que no começo dá até um certo dulçor, mas vai piling up pra deixar as papilas levemente dormente no retrogosto, e a ardência vem na permanência.
Uma gostosura, levezinha mas cheia de sacanagem. :)
Por gostar muito de chipotle, comprei a garrafa assim que tive oportunidade.
Aparencia: De cor entre o ambar e o cobre, formou uma espuma de densidade e persistência moderadas. O aroma de defumado se sobressaiu.
O sabor foi surpreendente, amarga, doce e defumado predominam. Ao final, senti o esperado sabor picante que não percebi durante o primeiro instante.
Boa cerveja!
Preciso confessar: sou tarado por chipotle. Fiquei muito curioso quando esta Rogue chegou ao Brasil, mas o preço estava meio salgado; quando ela estava perto do vencimento e entrou em promoção, foi irresistível. Trata-se, em linhas gerais, de uma amber ale de perfil macio de maltes, com um toque de defumação do chipotle, que nada mais é do que a pimenta jalapeño defumada. No copo, mostrou boa espuma, mas turbidez a frio em excesso. No nariz e na boca, predominam os maltes, com nuances de castanhas, doce de leite e uma doçura de algodão-doce. O chipotle corta um pouco essa doçura toda com um toque defumado (lembrando lenha de lareira) e uma sensação salgada considerável. Além disso, nota-se a contribuição dos lúpulos com sugestões florais, apimentadas e de grapefruit. Um tiquinho de DMS sugeriu vegetais cozidos. No boca, a doçura inicial é equilibrada pelo amargor final predominante, com sensação bem salgada agradável. Contudo, minha garrafa exibiu uma acidez adstringente meio incômoda - já tive esse problema com algumas outras Rogue não pasteurizadas e com vários meses na garrafa. O corpo é leve e a textura é acetinada, mas essa adstringência prejudicou a drinkability. No geral, é uma cerveja interessante, uma amber ale de agradável sensação maltada com um "a mais" defumado do chipotle, lembrando de longe a sensação de uma Rauchbier, mas bem mais suave. Eu me imaginaria, com facilidade, bebendo uma cerveja dessas a tarde toda num churrasco - não fosse o preço!