Jenlain Blonde

A cervejaria "Duyck" surgiu em 1922 ao norte da França na pequena vila de Jenlain, à oeste da Bélgica. Atualmente ela é a marca mais conhecida de cervejas do estilo "Biere de Garde" cuja origem remonta o tempo em que fazendeiros tinham de fabricar cerveja entre o inverno e primavera para então guardá-las com fim de consumi-las nas estações mais quentes do ano. Isso porque as altas temperaturas do verão podiam interferir no trabalho das leveduras, numa época em que a refrigeração mecânica era pouco acessível ou ainda não existia.

A "Jenlain Blonde" foi lançada em 2005 e leva uma porcentagem de trigo na receita.

Líquido dourado translúcido, levemente turvo. Espuma ligeiramente amarelada de boa formação, densa e duradoura.

O aroma traz uma base de malte caramelizado sobreposta por toques de abacaxi e surpreendentes notas "selvagens" comuns às 'lambics', remetendo inclusive à couro de pelego com suave azedume. Seria este o aroma normal dela ou algo desandou no transporte/armazenamento? Tal pergunta ficará no ar.

Na boca apresenta corpo baixo/médio e alta carbonatação. Sutilmente adocicado, o sabor destaca o malte seguido por nuances 'animais', vínicas e condimentadas. Algo aqui mais uma vez remete muito a uma lambic - o que gera bastante estranheza uma vez que o estilo, em tese, não pede tais características. Final quase seco, sutilmente azedo.

Curiosíssima, a "Jenlain Bolonde" surpreende por agregar sensações típicas da fermentação com "brettanomyces" - a famosa levedura selvagem das cervejas 'lambic' - sem de fato tê-los na receita - ou será que tem? Independente da resposta, se é defeito ou característica planejada, o fato é que essa pegada "selvagem" a torna muito mais interessante do que se poderia esperar com base na degustação de sua 'irmã', a "Jenlain Ambrée".

Inusitada.

PS: Depois de ter tomado outros lotes a explicação é clara: a unidade que avaliei estava contaminada. E pra falar a verdade, ela contaminada é bem mais interessante. rsrs

Apesar de já ter bebido muitas cervejas francesas, demorei para experimentar esta.
Aparência dourada e filtrada, com bom creme, porém sem persistência.
No aroma consegui sentir maçã e mel, bem fortes.
Sabor doce e um pouco cítrico, equilibrando bem o álcool de 7,5 %.
Achei muito parecida com a belga Leffe Blonde.
Me agradou muito, recomendo!

-Aparência: Espuma média, de média persistente. Líquido dourado escuro.

-Aroma: Frutado e maltado, com frutas cristalizadas, levemente cítrico, mel e levedura.

-Sabor: Segue o aroma, com elevado dulçor, mas que equilibra um pouco com o leve sabor cítrico.

-Na Boca: Corpo médio e alta carbonatação.