Nao me agrada o sabor pois nao me remete a malte. Com aroma leve e amargor medio, se diferencia de outras mas na minha opiniao, nao é tudo isso que o pessoal diz.
Os novos e antigos deuses devem ter enlouquecido esta noite quando miraram a terra e me fizeram caminhar até o novo frigobar espelhado em busca daquela que não é a blueprint dentre as Premium American Lagers, mas que tornou-se a nova referência na geladeira dos apreciadores das boas geladas. A breja da latinha verde (e sua tradicional estrela vermelha) chegou com força há cerca de uma década e meia abalando as estruturas até então dominadas por quatro preguiçosas, três delas aderidas como cracas ao ciclópico navio chamado AmBev, enquanto valentes naus passavam ao largo arvorando lábaros que esboçavam marcas como Itaipava ou Nova Schin... sem que realmente algo de novo fosse apresentado além de Riscados na praia ou Pagodinhos em busca de novos sabores. Passado o tempo de aceitação do amargor discretamente acentuado (máquina de fazer chiste) e o tempo necessário para se entender que um quê a mais de qualidade exige alguma contrapartida em termos de investimento, a nova meta a ser batida estava traçada. Qualquer lager que não pudesse batê-la pelo menos no sabor estaria automaticamente condenada ao abismo das cervejas que nunca ascenderão ao posto habitué na geladeira daquele que exige um pouco mais do que apenas zonzura engarrafada. De volta ao desvario divino, pergunto-me o por quê de estar efetivamente online avaliando uma Heineken uma vez que, com um pouco de sorte, quaisquer cinco unidades monetárias correntes podem fornecer a completa experiência sensorial que buscas nessas linhas ajazeadas.
