Tilburg's Dutch Brown Ale

Inusitada cerveja que combina os maltes suavemente torrados de uma brown ale inglesa com o caráter de levedura mais pronunciado de uma Belgian pale ale, resultando numa brown ale mais frutada e esterificada, ou então numa Belgian pale ale mais torrada. "Belgian brown ale", talvez. Tem muita personalidade, mas infelizmente o conjunto não se mostrou muito equilibrado e nem especialmente marcante. O rótulo é magnífico, com uma ominosa figura extraída do "Jardim das Delícias" de Hieronymus Bosch - uma pena que a cerveja não esteja à altura do rótulo. Na taça, ela mostrou uma cor marrom escura com reflexos avermelhados, e um creme bege de baixo volume e persistência. O aroma é estranho, dominado por uma forte presença de ácido caprílico, fazendo-a remeter a sebo e sabão em barra. Além disso, ela traz (no aroma como no sabor) uma presença marcante da levedura, com ésteres remetendo a maçãs vermelhas e cerejas. O malte também se destaca com notas de caramelo, biscoito e suave torrefação ao final, menos intensa do que a cor prenuncia. Há uma presença relevante de DMS (milho verde) e de notas metálicas, e o lúpulo se faz sentir pouco, talvez um toque condimentado. Conjunto um tanto incongruente. Paladar pouco resolvido, mas cheio de personalidade, fortemente doce (até de forma enjoativa), solidamente ácido e algo salgado, com baixo amargor - inusitado. O final curto e adocicado, com acidez residual, traz notas de biscoito, caramelo e malte suavemente torrado. No conjunto, esta cerveja peculiar não é tão marcante quanto sugere a terrível imagem infernal de Bosch do rótulo, e mostra uma combinação de maltes levemente torrados com um suave perfil de levedura belga. Apesar de leve, o paladar um tanto desequilibrado ajuda a diminuir bastante a drinkability e torná-la enjoativa, de modo que preciso confessar que tive dificuldade de terminar a garrafinha. Para piorar, há uma presença um pouco excessiva de características normalmente consideradas off-flavors, em especial o ácido caprílico dando-lhe um caráter um pouco "seboso". Pelo preço que se pratica, não encoraja uma nova experiência, mas não se pode negar que é uma cerveja de muita personalidade.

Degustada a 3,0 graus de temperatura. Validade 06/2010.
Essa pale ale holandesa honra o estilo e agrada pelo conjunto da obra.
Sua cor é rubi translúcida e seu creme bege tem média formação e duração.
Seu aroma e sabor são predominantemente de malte caramelo torrado mas
o aroma é suave e o sabor mais intenso. Corpo leve e bom drinkability
resultam em um conjunto bem agradável. Pelo custo-benefício esta está
mais para conhecer apenas.

Coloração escura avermelhada, translúcida. Creme bege de boa formação mas curta duração.
O aroma de imediato sugere malte, malte torrado, um herbalzinho de lúpulo, qualquer coisa de café e biscoito.
O sabor a princípio possui um certo amargor, com forte presença de malte torrado e um pouco de café, finalizando com um suave caramelado no retrogosto. Ao longo da degustação, se torna mais suave, deixando menos acentuado o amargor e o torrado e abrindo mais espaço para o biscoito e caramelo, embora tudo muito suave.
O retrogosto continua o mesmo, suave e caramelado.
Falta corpo... achei meio aguada, mas não desagrada em geral.

Coloração marrom/âmbar escura, com creme bege de curta duração. No aroma, caramelo e malte torrado. O sabor é leve e agradável, seguindo o aroma. Ótima drinkability. Leve e refrescante. Boa cerveja.

Marrom escura, creme médio. Aroma fraco de malte torrado. Sabor fraco com baixa crocância, deixando somente um pouco de malte torrado, quase nada de lúpulo, mas muito leve, conferindo uma alta drinkability se tornando uma ótima cerveja para beervangelização se não fosse o preço.