Foi em 1846, na cidade de Vigevano, na Lombardia, que Francesco Peroni, um garrafeiro, inaugurou sua cervejaria. Numa época em que a Itália ainda não havia sido unificada, mal sabia ele que sua marca iria ser uma das mais populares no vindouro país.
Em 1864, Giovanni Peroni, seu filho, transferiu a sede para Roma. Com o advento da unificação da Itália, a empresa deslanchou.
Em meados de 2007 a Peroni passou a integrar o grupo inglês "SABMiller". Com a recente aquisição da "SABMiller" pela gigante "AB-Inbev", parece que velha marca italiana será vendida para os japoneses da "Asahi".
NASTRO AZZURRO
Lançada em 1963, essa 'Pale Lager' (com milho) tem como símbolo o "nastro azzurro" (laço azul) - uma condecoração recebida pelo navio "SS Rex", da Itália, em 1933. O prêmio, concedido ao mais rápido navio de passageiros a cruzar o atlântico, foi motivo de grande orgulho para os italianos durante muito tempo. Desde 2005 o rótulo é também exportado para diversos países.
*Exemplar degustado no mês de vencimento - junho de 2016.
Amarela clara e brilhante, exibe alta formação de colarinho branco de considerável permanência.
Aroma suave de malte e lúpulo, passando por toques de cereais, leve floral e herbáceo. Ao fundo, sinais de oxidação e 'lightstruck' causam certo incômodo, fazendo-nos lembrar que a presente unidade já viu dias melhores.
O paladar traduz o aroma: sabor delicado de malte, nuances de cereais, amargor modesto de lúpulo com pinceladas florais/herbáceas. A oxidação não chega a atrapalhar tanto na boca, trazendo notas bem sutis de papel, além de discreto metálico. Corpo baixo, textura crocante, final seco e refrescante.
Mesmo já quase vencida, ela dá um pau em muita "puro malte" brasileira que acabou de sair da fábrica. Claro que está longe de ser uma grande cerveja, mas a impressão sugere que fresca deve ser muito boa visto a proposta. Agora, pelo preço que chega no Brasil não vale a pena de jeito nenhum. Afinal, pelo mesmo valor é possível pegar uma autêntica pilsener checa como a "Urquell".