Kirin Ichiban

Clarinha, cristalina e fraquinha... conforme citade, só puxa um pouco mais pro amargo se for comparada com as nacionais... e não tem gosto de papelão, o que conta bastante.

Vale pra experimentar, tomar uma meia-dúzia de repente... hehe

Sexta maior cervejaria do mundo, a "Kirin Brewery Company" (inicialmente chamada "Japan Brewery") foi a primeira fábrica a produzir cervejas em território japonês no longínquo ano de 1885. Responsável pelos dois rótulos mais vendidos no Japão, hoje vê suas fronteiras se expandindo rumo a outros mercados mundo afora. Foi assim que em 2011 acabou adquirindo 100% das ações da antiga cervejaria "Schincariol", instalando-se definitivamente no país em 2012 sob a nova marca institucional "Brasil Kirin". Dois anos após a transição, é em março de 2014 que a empresa decide lançar oficialmente no Brasil um de seus rótulos mundiais: trata-se da "Kirin Ichiban", uma cerveja puro malte feita de acordo com os critérios da Lei de Pureza alemã de 1516.

Lançada no Japão em 1990, a "Kirin Ichiban" é uma 'pale lager' cujo método de produção utiliza somente o líquido da primeira prensagem do mosto, o que a deixa com um sabor mais pronunciado de malte. Não por acaso a palavra "ichiban" significa "a primeira" ou "a maior". Segundo informações, consta ainda que o lúpulo usado na receita é do tipo "saaz" e o amargor estaria na casa dos 20 IBU's. Toda a produção está concentrada na cidade de Itu, interior paulista, sendo inicialmente disponível apenas no formato 'long neck' de 355 ml.

Dourada e brilhante, tem colarinho branco de ótima formação e persistência longa, marcando as bordas do copo.

O aroma traz sutil pegada de malte seguida por ecos de lúpulo. Leve DMS aparece ao fundo, mas não a ponto de causar maiores prejuízos.

De corpo leve e alta efervescência, possui sabor nitidamente diferente de todas as outras cervejas comerciais que se vê por aí com sensação abiscoitada de malte bastante projetada. Notas de lúpulo e panificação marcam o final ligeiramente amargo de nuances florais e muita personalidade. Equilibrada e fácil de beber, mostra-se ideal para ser tomada em grandes quantidades sem abrir mão de um mínimo sabor esperado em qualquer cerveja.

Um rótulo que acerta em cheio dentro de sua sua proposta, preparado para encarar de frente a poderosa "Heineken". Para isso, contudo, é necessário que haja um ajustamento de preço ao nível da rival, já que mesmo sendo "boa" fica difícil justificar o mesmo valor que se paga por uma sólida "Eisenbahn".

Dourada e límpida, forma uma espuma ninja, que desaparece num piscar de olhos.

O aroma é leve, evidenciando o malte e o lúpulo.

Na boca, achei o conjunto bem agradável, ela é mais amarga que as SALs, e dá pra notar um certo adocicado diferenciado que acredito ser herança do arroz. O final é seco, dando vontade de mais um gole.

É a primeira que tomo do estilo, uma pena não compensar muito o valor aqui no Brasil.

Expectativa influencia bastante nas avaliações.
Neste caso esperava menos desta primeira japonesa que degusto.
Achei o conjunto bom com bom corpo.
Sensação de boca agradável.
Sente-se bem o malte.
Uma cerveja bem honesta.
Não faz feio diante de nossas lagers.

Leve, saborosa e refrescante.