Paul K escreveu: Mas talvez funcione, por que mesmo que, talvez, a maioria dos clientes não saibam os detalhes, quem se dá ao trabalho de comprar uma cerveja "1000 IBU" sabe do que IBU se trata.

Mais ou menos, por que muitos textos se referem a IBU (principalmente aqueles que tentam explicar IPAs), no viés de quanto mais, melhor.

Sinceramente, não vejo nada demais na ação da Invicta por criar esse tipo de Buzz, muita gente acabou sabendo mais sobre o IBU, técnicas de medição e afins.

Tomei ela na ultima sexta.

A cerveja é boa - SIM! Principalmente para lupulomaniacos ... o amargor é intenso e o aroma explode no nariz. O alcool e malte completam com um bom equilíbrio. Tomarei novamente.

Entretanto, ja tomei cervejas mais amargas ... o que me surpreendeu. Comprei "pensando em uma coisa" ... "e tomei outra". Esperava algo mais potente. Apesar da qualidade da cerveja, me senti ligeiramente com "cara de besta".

Acho que mkt pode ser feito da maneira que o produtor bem entender - mas tem que explicar isso antes. O rotulo foi anunciado por volta do final de agosto ... e só 1 mes e pouco depois, a cervejaria vem "explicar o causo" ...?!?

Enfim ... acho que um pouco mais de cuidado com as informações não faz mal a ninguem.

Alexandre Gheorghiu escreveu:



Acho que mkt pode ser feito da maneira que o produtor bem entender - mas tem que explicar i

Enfim ... acho que um pouco mais de cuidado com as informações não faz mal a ninguem.

cara, não eh bem assim nao. Existe uma coisa singela chamada publicidade enganosa, procure no CDC o artigo q fala sobre isso. Eu acho q vou lançar uma cerveja com 101% ABV. Se pode 1000 IBU pode tbm 101% abv, afinal quem sabe o q eh ABV vai entender...ne?

Gustavo...eu te entendo.

Tanto é que eu mesmo disse que fiquei "decepcionado" quando tomei ela. Não pela qualidade, mas por esperar "algo a mais" ...

Mas quero eu acreditar que não foi uma propaganda "enganosa", mas antes, um mkt "burro", no sentido que não soube explicar o conceito do rotulo, da receita, etc etc etc.

Vale lembrar que, pela declaração do cervejeiro da Invicta, a receita é, de fato, calculada para 1000 IBUs. Eu entendi assim: adiciona-se a quantidade de lúpulos que produziria teoricamente 1000 IBUs se não houvesse limite de saturação dos ácidos-iso-alfa no mosto. Claro que, devido a esse limite, a maior parte desses ácidos-alfa vindos de tanto lúpulo acaba "se perdendo" no processo. Mas, pelo que entendi, eles foram adicionados de qualquer maneira. Ou seja: é uma cerveja fabricada com uma quantidade de lúpulos maior do que o processo produtivo é capaz de absorver.

É propaganda medianamente enganosa, apenas. Não quero dizer com isso que eu ache legal: aliás, acho extremamente contraprodutivo esse "culto aos IBUs".

A propósito: estou com a garrafa em mãos e vim ler o que está escrito no rótulo. Continua pouco esclarecedor: o texto enfatiza que 1000 IBUs é "uma marca teoricamente impossível", sem explicar o porquê, mas mesmo assim dá a entender que a cerveja tem muito mais amargor que suas concorrentes do estilo. Olha só:

International Bittering Units é a unidade internacionalmente usada para mensurar o grau de amargor de bebidas como a cerveja. Apenas para comparação, uma lager de massa tem em média 10 IBU. O estilo mais amargo entre as cervejas, o Imperial India Pale Ale, costuma marcar por volta dos 100 IBUs. E não é por acaso, afinal o paladar humano não consegue detectar amargor muito além disso. Porém, apesar de 1000 IBU ser uma marca teoricamente impossível de alcançar, o que torna essa receita interessante é a experiência de provar uma cerveja com uma quantidade brutal de lúpulo. Provavelmente a mais lupulada do país e uma das mais lupuladas do mundo.