As cervejas de estreia da Goose Island no Brasil

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Maurício Landi (AmBev, em entrevista exclusiva para o BREJAS)

Maurício Landi (AmBev, em entrevista exclusiva para o BREJAS)

Em primeira mão, pelo BREJAS

SÃO PAULO – Maurício Landi, da gigante AmBev, é atualmente a “cara” das cervejas importadas para o Brasil pertencentes ao vasto portfólio da multinacional. Declara-se um apaixonado pela cervejaria americana Goose Island, de Chicago, uma das mais representativas da nova escola cervejeira americana, cultuada por 10 entre 10 apreciadores da bebida. Com exclusividade para o BREJAS, entrevistei Landi, que anuncia quais os rótulos de estreia da cervejaria no Brasil, e dá novos detalhes. Confira!

BREJAS – Pode dar detalhes do lançamento dos rótulos Goose Island no Brasil?

MAURÍCIO LANDI – Claro! Ainda não temos a data exata, mas a ideia é trazer todas as cervejas e inovações de Goose para o Brasil. Óbvio que não conseguiremos trazer tudo desde o início, mas os lançamentos vão acontecer no decorrer dos próximos meses/anos. Pra começar, lançaremos a ultra premiada Goose Island IPA e a Honker´s Ale, uma Bitter. Ainda sem o dia exato, mas já posso afirmar que em julho elas estarão disponíveis no Empório da Cerveja (n. do e.: site exclusivo da AmBev) e nos principais pontos de venda de SP, RJ e BH. Na capital paulista, por exemplo, já temos até o local de lançamento fechado, faremos primeiro uma palestra/bate-papo com o Mike (Seigel, cervejeiro da Goose Island) e mais alguns integrantes da Goose, no Instituto da Cerveja, e depois lançaremos no Empório Alto dos Pinheiros. Se você é apaixonado por cerveja, já se sinta convidado!

IPA e Honkers Ale, as cervejas de estreia

IPA e Honkers Ale, as cervejas de estreia

BREJAS – A empresa tem planos para trazer mais rótulos ao Brasil? Há estratégias definidas nesse sentido?

ML – Sim, ainda estamos fechando o que traremos, mas neste ano quero lançar pelo menos mais duas cervejas além destas. Uma delas será a colaborativa que faremos entre a mineira Wäls e a Goose Island. O estilo ainda é segredo, mas será uma cerveja ultra complexa envelhecida em barril de cachaça mineira. O Zé (Felipe, da Wäls) o Mike já estão se falando e, nesse caso, eu só palpito e torço para degustar o quanto antes!

BREJAS – Por ser um ícone cervejeiro, quase um Santo Graal do mundo da cerveja, a pergunta é inevitável: Há algum plano para trazer a mítica Bourbon County ao Brasil?

ML – Sim, há planos, mas nada confirmado. A produção da Boubon County é mega complexa e restrita, e mesmo nos EUA é difícil encontrá-la. Há duas semanas eu estava em Chicago fechando os últimos detalhes do lançamento e vimos um vídeo do lançamento da última “safra” Bourbon. É impressionante, a fila era imensa, pessoas virando noite na rua no frio do inverno de Chicago. Ver todo mundo neste nível de expectativa é contagiante. Só uma cerveja com nota 100 no site Ratebeer e 4,8 no BREJAS consegue ter tanta força. Ainda não há data, mas vou trabalhar para trazê-la para o Brasil assim que possível.

BREJAS – Como você se tornou o “homem-chave” da Goose Island no Brasil? Como foi a decisão da AB-Inbev e como você a recebeu?

ML – Há um ano sou o responsável pelas marcas importadas de cervejas especiais de AMBEV (Leffe, Franziskaner, Hoegaarden e Patagonia). Vim de um outro mercado, com características muito diferentes, mas a adaptação foi fácil, nada como trabalhar com algo que você ama, que é a cerveja. No início, o trabalho foi arrumar a casa, entender e criar as estratégias, estudar o portfólio ideal, desenhar as ações e processos. Agora, comecei a colocar o carro na rua. Sobre a Goose Island, desde que a conheci, me apaixonei, virou a minha protegida fácil, fácil… Visitei a cervejaria duas vezes para conhecer mais sobre sua história, aprender mais sobre a produção de suas cervejas e também sobre a cultura de Chicago que está tão enraizada na marca. Sinceramente, parece um sonho trazer essa cerveja ao Brasil, está sendo um prazer!

BREJAS – O novo presidente da Ambev, Bernardo Pinto Paiva, declarou que a empresa está focada no “share of throat”, ou seja, na participação da empresa no total de bebidas consumidas no País. Nesse sentido, a “briga” não é com as outras cervejarias – artesanais ou não -, mas sim com a “garganta” dos consumidores de outras bebidas, como vinho, whisky, vodka, etc. Como você vê essa diretriz?

ML – Eu entendo menos como uma briga contra outros tipos de bebidas alcoólicas e mais como uma ampliação do território da cerveja! E no fim, só quem tem a ganhar são os consumidores que terão acesso a cada vez mais tipos e estilos de cerveja, além dos outros tipos de bebidas já conhecidas. Um bom exemplo para mim é a Wäls Brut, ela é a Champangne da cerveja! Para produzi-la, seguimos o autêntico método “Champenoise”, mega artesanal e, pode demorar até 1 ano e meio para finalizar o processo.

BREJAS – Sua atuação na empresa está focada unicamente na Goose Island ou também em outras frentes?

ML – Eu cuido de todas as Importadas, muito trabalho, mas quando você trabalha com o que gosta fica fácil. Hoje, trabalho com a alemã Franziskaner, as belgas Leffe e Hoegaarden e começaremos um bom trabalho com a Patagonia, marca Argentina que queremos crescer muito no Brasil.

ATENÇÃO, LEITOR! Na semana que vem, publicaremos também com exclusividade entrevista com o mestre-cervejeiro da Goose Island, Mike Seigel. Aguarde!

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