2012 release. Eu venho acondicionando esta cerveja por quase quatro anos, vamos ver como evoluiu.
Bonita cor de mogno avermelhado com uma espuma densa cor de caramelo clara com duração de curta a média.
Aroma maltado com notas de geleia de laranja, caramelos, pinho, melaço, rum e frutas vermelhas.
Ela tem um sabor intenso com notas de pinho, toronja, madeira, um pouco de carvão, resina, mel de eucalipto, geleria de cerejas e framboesas, levedura americana, castanhas, tangerina, maltes biscoito, caramelo e tostados, canela, butterscotch, tâmaras, terra e algo de cacau. Retrogosto seco com um longo mas redondo amargor de resina.
Corpo robusto com carbonatação apropriada. Sensação um tanto pegajosa. Álcool de 11% está muit bem escondido; ele é apenas complementar ao sabor e perfeitamente inserido no conjunto.
Ótima American Barleywine; muito complexa e intensa sem arestas. Em algum ponto eu tive que parar de procurar por sabores, porque eles não paravam de vir. Bem “drinkable” considerando o estilo.
Para isso, estou contente que este inverno está sendo mais frio que os anteriores. No entanto, senti que poderia ter guardado-a ainda um pouco mais.
Ap.4 Ar.3,5 Sab.4,5 Sens.4,25 Cj.4,25
Uma das mais respeitadas Barleywines americanas, este velho guardião mostra pra que veio. Brilhantemente equilibrada e complexa, a Old Guardian muda sutilmente a receita todos os anos, brincando com diferentes varietais de lúpulos e maltes. Nesta versão abusa de insumos ingleses, como maltes crystal Maris Otter e lúpulos East Kent Golding no dry-hoppin'.
Apresentou coloração âmbar, na taça, com pouquíssima translucidez. Seu creme se forma discretamente, apresentando coloração marfim e uma duração curta, mas desenhando as laterais da taça com rendas.
De fato, os maltes já apresentam uma complexidade alucinante, remetendo a nozes, castanha do pará, além de trazer sugestões de caramelo e ameixa. Os lúpulos não ficam atrás e trazem um perfil rústico, resinoso e herbal. Por fim, mais ao fundo aromas sutis de frutas vermelhas e sugestões de vinho do porto.
O equilíbrio continua no paladar, com a doçura pronunciada dos maltes combatendo o amargor feroz de quase 100 IBU dos lúpulos. No finalzinho, resta aquele gostinho delicioso de nozes, que persiste por um bom tempo, mesmo com a lupulagem intensa. Graças a carga abundante de maltes, traz uma mouthfeel licorosa e sedosa.
Se algumas Barleywines americanas pecam um pouco por desequilíbrio, na minha opinião, a Stone reverteu a situação. Conseguiu criar uma atmosfera harmônica e sem perder o caráter marcante das American Barleywine, ainda trazendo uma complexidade aromática de fazer inveja. Não é a toa que é uma das minhas cervejarias favoritas.