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Bares que Amamos: Goose Island Brewpub

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GooseIslandPub

1800 North Clybourn, Chicago, IL (EUA)

O Goose Island Brewpub Clybourn foi o bar-cervejaria que deu início à linhagem dessa cervejaria artesanal que, hoje, é uma das estrelas da Nova Escola Cervejeira Americana.

Fui praticamente “obrigado” a descobrir o lugar porque, logo ao lado, fica o campus do Siebel Institute of Thecnology, onde fiz meu curso de Mestre em Estilos de Cerveja em setembro de 2010. No almoço e na happy-hour em período de aulas, é pra lá que vão alunos e professores do Siebel… E a parceria é tão estreita que existe no pub um salão reservado aos alunos e até um pequeno museu com objetos cervejeiros centenários outrora usados no Instituto!

Quanto as cervejas, o pub é um pequeno Nirvana encravado no meio-oeste americano. Tudo em função das versões on tap das brejas que já fazem a cabeça dos bebedores mais antenados de Chicago, como a ultra refrescante 312 Urban Wheat Ale, a strog ale “belga” Pere Jacques e a Sofie, interessantíssima homenagem à trapista Orval, elaborada com fermento brettanomyces. Pede-se passar horas ali, embalado no clima aconchegante do imenso balcão de madeira de lei, a experimentar os menus-degustação disponíveis. Uma aula de cultura cervejeira norte-americana.

Veja a seguir uma galeria das fotos que tirei no local e imagine-se lá!

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Bares que amamos: KINGSTON MINES

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KingstonMines

2548 North Halsted, Chicago, IL (Estados Unidos).

Naquele setembro, eu chegava aos Estados Unidos para fazer meu curso de Mestre em Estilos de Cerveja e Avaliação no Siebel Institute, de Chicago. Logo no desembarque, ainda em Nova York, o oficial americano de imigração segue o protocolo e me pergunta o motivo da minha visita ao país. Já escolado com as eventuais idiossincrasias dos oficiais de imigração do mundo todo, evitei mencionar meu real objetivo por ali, temendo que ele me pedisse um visto de estudante — o qual, por sinal, eu não tinha. “Vou a Chicago relaxar e curtir um blues”, respondi, com cara de férias. Na mesma hora, a sisudez do oficial se transforma em interesse genuíno. Assim, como eu, ele era um entusiasta do blues de Chicago, no que a fila de viajantes atrás de mim permaneceu longos minutos parada até que conversássemos animadamente sobre as nossas preferências musicais. De fato, curtir o lendário “blues elétrico” da cidade era meu segundo objetivo, cumprido nos dois dias pós-curso que me dei de presente na capital do estado de Illinois, antes de voltar ao Brasil.

Já havia pesquisado na internet, e o Kingston Mines me pareceu mais apetecível dentre a infinidade de casas de blues na cidade, unindo a aura de “templo” do blues — por ali sempre ciscam deuses sagrados do gênero — com uma atmosfera cozy e, claro, também pela presença das cervejas especiais. E, já que tinha escolhido meu hotel naquela mesma área do Lincoln Park, o que me possibilitava ir e voltar a pé, lá fui eu ciscar também. Tanto não me decepcionei como lá voltei mais uma vez, dia seguinte.

O Kingston Mines não tem exatamente uma carta de cervejas. Porém, há ótimas opções de brejas artesanais americanas, e por ali me deixei varar madrugadas bebericando a corretíssima e deliciosa Goose Island India Pale Ale (cuja cervejaria fica a poucos quarteirões dali) e a inusitada e megarrefrescante Purple Haze, da Abita Brewing Co. (Louisiana), uma cerveja de trigo com adição de framboesa — combinação, aliás, que poderia ser melhor explorada pelos cervejeiros artesanais brasileiros, mesmo que o seja com outras frutas.

A configuração interna do pub é bastante curiosa. Há, virtualmente, dois Kingston Mines, ambientes separados e praticamente autônomos, ambos abrigando cada qual o seu bar, seus garçons e seu palco. O barato é que sempre há duas bandas na casa, e um curioso revezamento entre elas: uma das bandas se apresenta no palco principal e, no break, a outra toca fogo no ambiente ao lado. Blues de verdade e ao vivo a noite toda, até as 4 da manhã. Coisa linda.

Lá pelas três, decidi que minha noite chegava ao fim, embora lá dentro o ambiente ainda fervesse. Na saída, vivi experiência que parece mentira, mas aconteceu. Vance Kelly em pessoa estava lá fora com sua banda aproveitando o break e fumando algumas cigarrilhas encostados nos carros estacionados no meio-fio. Quase ninguém os acompanhava. Saí e dei de cara com a lenda, que me cumprimentou e me perguntou o motivo pelo qual eu ia embora tão cedo. Aproveitei a deixa e me apresentei como brasileiro aficionado em blues, o que despertou a curiosidade do blueseiro. O papo foi breve, mas, pra mim, inesquecível.

Tudo, tudinho, pela estarrecedora quantia de quinze dólares, que é o valor — ridículo! — do ingresso no Kingston Mines. Como já perguntava Robert Johnson o fundador do blues, lá pelo começo do século passado, honey don´t you want to go to my sweet home Chicago?

Veja abaixo mais imagens do Kingston Mines e um pequeno filme de Vance Kelly em ação. 

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Pub belga Delirium Cafe inaugura franquia no Brasil

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DeliriumCafeBrasil

Em Bruxelas (Bélgica), onde fica plantada a sua matriz — e que já foi visitada pelo BREJAS –, a carta de cervejas é, sacramentada e oficialmente, a maior do mundo, com mais de (pasme!) 2 mil rótulos à disposição do cliente. Todo amante de cervejas que se preze — e possua algum capital pra torrar no seu prazer — tem o pub Delirium Cafe como uma de suas Mecas de peregrinação. Há alguns meses, porém, empresários brasileiros mitigaram ao menos em parte a fixação cervejeira. Sob as bênçãos da matriz belga, já está em funcionamento na capital fluminense o Delirium Cafe Brasil, a primeira franquia nas Américas do bar de Bruxelas, e a sexta no mundo.

A iniciativa partiu dos empresários cariocas João Thomi e Helio Junior. A dupla já operava no ramo das cervejas especiais comandando a importadora Buena Beer, especializada em rótulos belgas, incluindo a clássica Delirium Tremens, breja famosa entre os conhecedores, a qual ostenta um elefantinho cor-de-rosa — além de outros bichos “psicodélicos” — no rótulo. O estranho animal está em toda parte na decoração da franquia brasileira.

A casa conta, atualmente com cerca de 200 rótulos de cerveja em sua carta, muito menos do que os 2 mil da matriz belga. Thomi explica a diferença: “Infelizmente nossa carga tributária não ajuda, além do que as cervejas especiais ainda estão engatinhando no Brasil. Enfim, nao dá pra comparar ainda a estrutura da Bélgica com a do Brasil em vários sentidos. Mas compensamos o número alto pela qualidade e seleção dos rótulos”. Nem precisaria justificar. Com 150 rótulos à disposição, já dá pra brincar bastante…

A dupla de empresários ainda anuncia novidades importantes para os degustadores: “Agora, com nossa operação diretamente com os fabricantes das cervejas na Bélgica (e não com atacadistas, como vinha sendo feito por outras importadoras) e importando em nome próprio (somos uma importadora com mais de 20 anos no mercado, não utilizamos terceiros, como tradings, por exemplo) o preço destas cervejas deve baixar no mínimo em torno de 30%. Nossa meta é justamente esta: fazer um trabalho profissional e contínuo de cervejas belgas para o Brasil, haja vista o fato de que nosso mercado sempre sofreu muito com falta de produtos e preços absurdos”, pontua João Thomi. A conferir!

O Delirium Cafe Brasil fica no bairro de Ipanema, na Rua Barão da Torre, 183. Veja mais imagens do pub:

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