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Cervejas vencidas: A degustação

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Degustamos algumas cervejas vencidas (mesmo!) para detectar os defeitos que o tempo traz

Quem me conhece sabe que sou um comprador compulsivo de cervejas. No Brasil ou no exterior, tanto faz: detono o cartão de crédito. Quando viajo, chego a trazer dezenas delas nas malas (meu recorde foi de 43 garrafas), enroladas nas roupas.

O resultado dessa insana fixação é que, não raras vezes, vou deixando pra degustá-las em ocasiões mais propícias, as quais, às vezes, nunca chegam. Minha despensa vai abarrotando de brejas à espera de avaliação, e muitas delas acabam relegadas ao esquecimento ao longo de anos. Piedoso, recuso-me a vertê-las na pia. Maluquice minha…

Há alguns dias, decidi por fim à insanidade. Só que, ao invés de jogar fora as “velhinhas”, decidi prová-las pra entender até onde o tempo as faz ficar ruins ao consumo, considerando que esses rótulos em específico não foram feitos pra resistir ao tempo. Para a experiência, chamei uma craque em análise sensorial: A mestre cervejeira catarinense Amanda Reitenbach. Em nome da ciência, degustamos alguns rótulos “matusaléns”. Eis o que consideramos.

Wäls Pilsen (vencida em 2010)

Definitivamente, cervejas delicadas como as Pilsen não foram feitas pra ficar guardadas, mesmo uma das melhores do Brasil como a Wäls. Na aparência, apresentou turbidez a frio. Já no aroma a coisa degringolou: O forte odor de papel denunciou sua oxidação (processo que degrada a cerveja por exposição ao oxigênio), além de um cheirinho esterificado de maçã vermelha madura que, definitivamente, não deveria estar ali. A carbonatação estava baixa, mas o amargor ainda era evidente.

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Bate-papo, boteco e cerveja: #Provetiute!

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provetuite

Bate-papo cervejeiro em companhia mega-agradável, Eisenbahn Pale Ale e um prosaico — mas delicioso — sanduba de calabresa levemente apimentada com mussarela e vinagrete. Nada mais botequeiro, nada mais delicioso.

Juntamente com outros cervejeiros pioneiros, há dez anos Juliano Mendes criou a Cervejaria Eisenbahn, de Blumenau (SC), uma das primeiras artesanais brasileiras a oferecer um leque de estilos diferentes da até então onipresente dupla Pilsen/Trigo. Foi esse gigante cervejeiro que nos deu a honra, ontem, de estar no Bar Brejas estrelando o programa #ProveTuite, no qual se apresenta uma cerveja do portfólio da cervejaria harmonizada com um prato típico do estabelecimento.

E o papo rolou fácil com a participação de Mauricio Beltramelli, editor deste site e um dos proprietários do Bar, além dos internautas que, ao vivo, faziam perguntas. Sente-se, relaxe e confira:

Cervejas colaborativas

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Tudo começou — aliás, como sempre começam as boas coisas da vida — na mesa do bar, em 2003, na qual sentavam-se os cervejeiros artesanais americanos Sam Calagione (Dogfish Head), Greg Koch (Stone) e Bill Covaleski (Victory). Ali mesmo os caras fundaram a BUFF Alliance (Brewers Unite for Freedom of Flavour ou, em tradução livre, “Cervejeiros Unidos pela Liberdade de Sabor”), que pretendia ser um esforço para destacar a camaradagem entre as três cervejarias.

A BUFF Alliance só foi vingar mesmo muito tempo depois, em 2010, quando os caras resolveram sair da conversa e elaborar uma receita de cerveja em conjunto. O estilo escolhido pelo trio foi o saison, e os ingredientes, bem… Imagine uma cerveja que tem em sua receita sálvia, alecrim, salsa e tomilho. A fusão de loucuras do trio resultou na estupenda Saison du Buff (foto). O grupo se reuniu na Stone Brewing, onde a breja foi originalmente produzida. Pronta a primeira leva, cada cervejaria produziu a mesma receita, com rótulos diferentes.

A Saison du Buff, que tive o prazer de experimentar — embora ainda não disponível no Brasil — é uma festa herbácea que tem sua apoteose no aroma, no qual sobressai a sálvia com o alecrim em segundo plano. Ainda há a presença de fermento de pão e sugestões de gengibre. As ervas são ainda mais percebidas na boca, sob escolta das altas acidez e carbonatação, tudo para fazer dessa breja uma potência em refrescância. No retronasal, ainda há toques de baunilha. Uma saison que, dentro da expectativa do estilo, possui surpreendente complexidade. Imperdível.

E no Brasil?

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