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Hair Of The Dog Adam

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Certa vez, a dupla de cervejeiros Alan Sprints e Pat Savage assistia a uma palestra de Fred Eckhardt (escritor, historiador e crítico de cervejas). Em certa altura, Eckhardt discorreu sobre uma certa Adambier, estilo alemão de cervejas do século XIX,  já extinto, originário da cidade de Dortmund. Os dois se empolgaram com o relato e resolveram fundar, em novembro de 1993, a Hair Of The Dog Brewing Company em Portland, Oregon.

A primeira breja a ser produzida foi, claro, a Hair Of The Dog Adam a qual, segundo os cervejeiros, é a recriação da extinta Adambier. Alan e Pat gostam de dizer, cheios de orgulho, que o primeiro comprador da breja foi o próprio Fred Eckhardt, que aprovou com louvor o resultado da química. Hoje, a “Cabelo do Cão”, a despeito do seu nome bizarro e dos seus rótulos curiosos, vem ganhando adeptos dentro e fora dos EUA, e é uma das cervejarias-revelação da nova escola cervejeira americana.

O primeiro fato a mencionar sobre a Hair Of The Dog Adam é que ela é maturada em barris de bourbon. Isso confere indiscutível caráter à breja logo no aroma, que remete a figos em conserva, além de chocolate e torrado. A espuma é maravilhosa: ostenta bolhas pequenas e peroladas. O creme é denso e incrivelmente persistente, coroando o líquido preto aveludado e licoroso. O sabor remete ao aroma, com toques adicionais de frutas vermelhas (framboesa), café, um toque de vinho do Porto e muito malte torrado. O final é extremamente longo, deixando a sensação do amargor (50 IBU) e do vinho do Porto. O álcool (10% ABV), sempre presente, não atrapalha o conjunto e deixa uma sensação quente e reconfortante. Uma breja muito complexa, mais do que perfeita para o inverno (alô, importadoras!).

Segundo a cervejaria, os sabores da Hair Of The Dog Adam mudam com o tempo e ficam ainda melhores se o exemplar for guardado em adega por alguns anos, ao abrigo da luz e das mudanças bruscas de temperatura. Pra tirar a prova, comprei logo dois exemplares. Degustei um e já guardei o outro. Prometo que resistirei aos meus impulsos “brejicidas” e só o abrirei dentro de alguns anos. Daí, passo aqui pra contar.

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Alan Sprints provando a Adam do barril de bourbon onde é maturada.



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