MUNIQUE — Enquanto a maioria dos brasileiros ainda acha que cerveja é apenas aquela da grande indústria, as cervejarias artersanais daqui continuam ganhando prêmios de excelência lá fora.
As cervejarias Bamberg (Votorantim-SP) e Bierland (Blumenau-SC) estão trazendo pra cá duas medalhas de prata ganhas em um dos concursos cervejeiros mais importantes do mundo, o European Beer Star. O mais notável é que ambas são premiadas — graças ao teste cego realizado pelos jurados — na “casa” dos adversários, e em estilos que eles dominam por séculos. Veja as brejas agraciadas:
O concurso anual European Beer Star é organizado pela Doemens Akademie, de Munique (Alemanha), a mesma instituição de ensino cervejeiro que traz ao Brasil o curso de formação de sommeliers de cerveja, em parceria com o SENAC.
Na semana passada aconteceu na secular Doemens Akademie, em Munique (Alemanha) o julgamento das cervejas do concurso anual European Beer Star. Os cervejeiros Alexandre Bazzo* e Káthia Jorge foram os brasileiros selecionados neste ano para serem juízes. No programa que o leitor pode ouvir clicando acima, Bazzo fala da importância do certame e também explica que ser juiz de cerveja, ao contrário do que o que a maioria acha, não é assim tão fácil…
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* Alexandre Bazzo é Mestre em Estilos de Cerveja (Siebel-EUA), Sommelier de Cervejas (Doemens-Alemanha) e proprietário de uma das mais premiadas microcervejarias brasileiras, a Bamberg.
A imagem acima corresponde a um quadro contido na matéria intitulada “Eles bebem em serviço”, publicada em 24 de agosto último na revista regional Veja São Paulo — a “Vejinha”. A reportagem abordava o surgimento da profissão de sommelier de cerveja no país.
Não concordando com a frase em destaque (“Ganhar até 3 000 reais por mês pra ficar bebendo”) como sendo uma “vantagem” da carreira, enviei uma carta à redação da revista. O teor resumido desta carta foi publicado na última edição da revista, datada de 31 de agosto de 2011:
A própria revista avisa, na seção “A Opinião do Leitor”, que por motivos de espaço ou clareza, as cartas dos leitores podem ser publicadas resumidamente. Foi o que, compreensivelmente, aconteceu em relação à minha. Portanto, a fim de tornar mais clara minha opinião a respeito da reportagem, resolvi publicar aqui a íntegra da minha correspondência à Vejinha: