Marke Clausthaler

Fui ao médico e ele me receitou antibióticos, pronto, 10 dias sem cerveja pra mim. Num desses dias resolvi beber essa daqui, só pra matar um pouco a vontade.

Cerveja translúcida e dourada, formou uma espuma um pouco espessa e de duração média.

O aroma é bem fraquinho, com o lúpulo e maltes mandando um cartão postal de outro continente, mas pelo menos sem nenhum defeito aparente.

Na boca, ela é bem leve, o sabor lembra o de uma lager tradicional, com um final amarguinho. Transpareceu um pouco de oxidação também.

A "Clausthaler" faz parte de uma linha de cervejas sem álcool que vem em versões 'Classic', 'Extra Herb', 'Lemon' e 'Amber'. Hoje exportada para mais de 50 países, sua primeira versão foi lançada em 1979 pela cervejaria "Binding", empresa fundada em 1870 na cidade de Frankfurt, Alemanha.

Desde meados de 2002 a cervejaria "Binding" passou a ser comandada pelo grupo "Radeberger" que por sua vez, em 2004, foi adquirido pelo também alemão "Grupo Oetker".

A Clausthaler é produzida através do processo de fermentação interrompida, o que faz com que seu teor alcoólico seja inferior à 0.5% ABV. Como toda boa cerveja alemã, ela é feita de acordo com a Lei de Pureza de 1516.

Bonita na taça, apresenta líquido dourado brilhante coroado por espuma branca, fofa, abundante e duradoura.

O aroma traz notas suaves de malte junto a delicado sopro de lúpulo floral. Leves notas que remetem à doce de abóbora também aparecem.

Levíssima, chega até mesmo a ser um pouco aguada. Sutil toque de malte vem acompanhado por significativo amargor de lúpulo, caminhando assim rumo a um final seco. 'Off-flavours' que lembram abóbora incidem de maneira incômoda sobre o retrogosto moderadamente amargo.

Para quem aprecia um amargor mais pungente, a "Clausthaler Classic" é boa pedida. Seu caráter de lúpulo definitivamente está acima da média em comparação a outras cervejas sem álcool.

Bom, não sou apreciador das cervejas sem álcool, poucas foram as que consegui terminar um copo. Mas aí está uma grande surpresa. Escolhida ao acaso em um supermercado de Buenos Aires,me chamou atenção pelo rótulo. Despejada no copo, fez uma camada de creme perene e bem branca. Aroma levemente agradável e no sabor está a grata surpresa,ela não possui aquele odor característico nem o sabor de ovo estragado,bem comum ao estilo, ela possui mais suave,com um final leve e equilibrado,carbonatação média e malte perceptível. A breja seria uma ótima opção se encontrada mais fácilmente em tempos de lei seca.