Chimay Dorée (Gold)

Excelente Blond Ale, tinha que ser uma Chimay mesmo.
Essa eu nem conhecia, mas lendo a resenha do nosso amigo Odimi, percebi o seu valor ainda maior, valeu Daniel!!!!! :D.

Coloração dourada turva.
Espuma branca e fina de boa duração, cuja apresentação na taça própria demonstra uma pomposidade a altura.
Aroma frutado remetendo a mamão e pêssego, bem como floral, mel e condimentos (cravo, coentro).
Sabor inicial de um amargor cítrico típico das Strong Golden Ale, mesclado pelos sabores de trigo (pão/cereais), mel, cravo e um dulçor frutado talvez de pêssego e mamão.
Um conjunto bem equilibrado e leve em relação as belgas do mesmo estilo.
Final é seco, condimentado e apimentado, estes últimos se mantendo no retrogosto.
Corpo e carbonatação médias/alta.
Muito boa.

Vamos lá pessoal. Acabei de abrir a garrafa e tomei uma lufada do aroma do lúpulo, que é frutado e fresco. No copo ela é, como o nome diz, dourada clara com boa carbonação e espuma persistente. O gosto é muito especial. As notas de pêssego são bastante presentes, juntas com cravo e coentro e dão um corpo leve e fresco à ceva. O final do gole é cítrico me lembrando grapefruit. O amargor é bem presente, mas logo deixa a boca preparada pro próximo gole. Nesse momento finalizo a ceva, que mostrou-se ótima.

Clássica ale trappista, a Chimay é fabricada na Abadia Notre-Dame de Scourmont, localizada na Bélgica próxima a fronteira com a França. O nome é uma homenagem a pequena cidade de Chimay que fica a poucos quilômetros da abadia. Além de cerveja, ali também se produz queijos de alta qualidade. O mosteiro foi instalado em 1850, mas as primeiras cervejas só vieram a aparecer em 1862. Entretanto foi apenas em 1948 que as tradicionais bebidas finalmente ganharam o seu afamado caráter graças a dedicação do padre Teodoro quem conseguiu isolar as cepas de leveduras ainda hoje utilizadas.

Usualmente não comercializada, a "Chimay Dorée Gold" segue a receita da cerveja menos alcoólica que era consumida pelos monges na época da construção da abadia, sendo ainda hoje oferecida a visitantes e funcionários no seu dia a dia. Desde 2007, contudo, o grande público passou a poder experimentá-la com exclusividade, em forma de chope, no restaurante/hotel oficial da Chimay - o Auberge de Poteaupré. Felizmente em 2013 a distribuição teve uma expansão, chegando em barris espalhados por cerca de 50 bares da Inglaterra e Itália. Hoje, mais acessível ainda, pode ser adquirida em garrafas até mesmo no Brasil.

Líquido amarelo pálido, translúcido de média turbidez. Na taça forma colarinho esbranquiçado de textura espessa, consistente e muito persistente. Apresentação impecável!

Aroma maravilhoso, muito puxado para o frutado com nuances florais e condimentadas. Sugestões de pera, pêssego, damasco e abacaxi enroscam-se a leve fenólico de pimenta do reino seguido por pinceladas de levedura. Primoroso.

No paladar recai leve e refrescante com grande crocância e elevada 'drinkability'. Suave esterificação trás lembranças de pera, cidra e damasco que se projetam no palato acompanhadas de moderado amargor herbáceo com ecos de erva cidreira. O final seco e frutado resgata a sutil pegada do fermento pontuada por notas esparsas de pimenta. Suave amargor cítrico/condimentado no 'aftertaste' ensejam a vontade do próximo gole.

O mais próximo que os belgas podem chegar de uma 'session beer' pra frade nenhum tropeçar no terço durante a missa - verdadeira bênção. Santé!

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Blond ale belga de coloração dourado escuro com creme de boa densidade e duração.
Aroma bem frutado lembrando cravo também.
Sabor típico de cerveja belga com várias especiarias, cravo, e talvez um pouco de coentro também.
Seca, levemente azeda e picante na boca.
Suave com boa drinkability essa blond, mas nem se compara com suas irmãs blue, dubbel, e tripel.