Deus se apresenta com estilo diferenciado de cerveja que conhecemos no Brasil. Ao mesmo tempo que lembra um espumante tem um sabor de cerveja.
Sua coloração gold é marcante, bem como, sua translucidez.
Algo impar que já apreciei.
impreciona!
Vale a pena desfrutar e conferir.
Estou chegando à conclusão que devo ser do contra, dado o crescente número de cervejas que são quase que unanimemente adoradas no mundo cervejeiro, mas que acabam não me arrebatando... Essa DeuS não me fez a cabeça, não. Numa ocasião tomei só uns goles da Lust do confrade Paulo, mas lembro que me agradou bem mais e olha que nem foi a Prestige. Isso posto, vamos à cerveja:
Coloração de um dourado bem comum, translúcida. O que chama a atenção é a enorme formação de espuma branca, fofa, de bolhas pequenas; tem queda rápida, mas deixa camada perene. Carbonatação altíssima, é uma profusão de bolhas pequenas que sobe sem cessar, formando lindo perlage, muito duradouro (depois de quase 1 hora ele ainda estava lá, impávido). Aroma inédito, diferente do de qualquer outra cerveja que já tenha bebido: manteiga, ervas finas (alecrim, manjericão), erva doce, vinho branco; inusitado, é fato, mas muito gostoso. Devo dizer que me agradou mais o aroma que o paladar. A carbonatação excessiva confere agradável textura sparkling, mas de início incomoda um pouco, picando a língua. O sabor segue o aroma, repetindo tudo que foi citado, contudo, aí veio o que me desagradou sobremaneira nessa cerveja: o paladar, longe de adocicado, me pareceu salgado, principalmente na finalização do gole, que se revelou picante e alcoólico, até adstringente. Retrogosto de ervas finas, bem persistente. O engraçado é que esse "salgado" fez com que ela provocasse o efeito contrário ao que uma cerveja normalmente provoca: me deu sede! O álcool é perceptível e incomoda um pouco. Achei o corpo médio, longe de ser leve, quase uma pluma, ela beirou ser encorpada; não tem o perfil seco e delicado que eu esperava. Baixa drinkability, achei enjoativa e tive certa dificuldade em terminar a garrafa, mesmo bebendo com meu namorado. Não conseguiria beber uma segunda na sequência nem se saísse pela metade do preço. De qualquer forma, me pareceu mais com uma cerveja do que a Lust, que é praticamente um champanhe.
Bebida já mais da metade da garrafa, deixo meu olhar passear pelo rótulo, safra 2007, e percebo que a cerveja está em cima da data do vencimento, faltando não mais que uma semana pra expirar. É possível que esse fator tenha prejudicado essa breja, que segundo dizem, prima pelo frescor e leveza. Decidi não ir discutir sobre isso com o atendente (provavelmente um dos donos), que se mostrou muito gentil o tempo todo, tendo inclusive reconhecido de prima que éramos brasileiros, provavelmente por conta de assistir a filmes nacionais, os quais adora, segundo ele. Talvez numa próxima ocasião eu consiga pegar uma mais jovem para ver se aprecio mais. A que degustei, achei muito interessante, peculiar, mas para mim não vale o que foi pago e muito menos os absurdos 200 reais que normalmente se cobram por ela no Brasil.
Tem que tomar c/ a taca gelada tb p/ manter o ardido das borbulhas. Vale a pena comer c/ algo gorduroso, trufa de verdade ou gorgonzola/roquefort. Adorei a cerveja, tem gosto de cerveja mas textura e finalizacao de champanhe. Parecida c/ a Lust, menos doce.
Vale a pena.